O acompanhamento mensal da FAO aponta que, após terem atingido o “fundo do poço” no bimestre março-abril de 2016, os preços da carne de frango voltaram a reagir e, retrocedendo a valores de um ano atrás, mantêm-se em relativa estabilidade nos últimos cinco meses. Neste caso, o “fundo do poço” correspondeu aos menores valores alcançados pela carne de frango nos últimos 92 meses, ou seja, desde março de 2009.
E a estabilidade que veio a seguir representou valorização de não mais que 12% sobre o piso então registrado. O que – sejamos francos – não representa grande coisa, pois o produto continua com preços inferiores aos de 7-8 anos atrás. Em outubro passado, o valor registrado (161,56 pontos) ficou 28% abaixo do pico registrado em abril de 2013 (223,76 pontos). Não serve de consolo, mas é bom saber que o frango não está sozinho.
A carne suína, que também enfrentou o “fundo do poço” no início deste ano, registrou franca recuperação a partir de maio. Mas, independentemente do retrocesso registrado em outubro, permanece com preços inferiores aos do início desta década. O valor alcançado em outubro (134,28 pontos) correspondeu a uma queda de 27% em relação ao pico registrado em junho de 2014 (184,57 pontos).
Embora seja a menos afetada, a carne bovina não escapa desse processo. Seus preços, em relativa estabilidade desde outubro do ano passado, retrocederam ao mesmo nível registrado entre 2012 e 2013. E o preço de outubro passado (191,59 pontos) ficou 26% abaixo do pico de 260 pontos alcançado dois anos antes, em outubro de 2014.
Apenas para ilustrar, o índice de 161,56 pontos da carne de frango em outubro teve como bases os preços de US$ 920 a tonelada dos EUA e US$ 1.618 a tonelada do Brasil. Os 134,28 pontos da carne suína basearam-se nos preços de US$ 2.720 a tonelada dos EUA, US$ 2.470 a tonelada do Brasil e US$ 1.769 a tonelada da Alemanha. Por fim, os 191,59 pontos da carne bovina tiveram como base US$ 5.525 a tonelada dos EUA, US$ 3.980 a tonelada do Brasil e US$ 3.977 a tonelada da Austrália.
Fonte: AviSite