O Brasil cumpriu todas as metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no programa de combate à fome no país. De acordo com o documento “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo” (SOFI), o país possuía no ano 2000, no início do século XXI, 11,2% de sua população subnutrida. Já as projeções para 2015 mudam completamente o quadro: a expectativa é que ao final deste ano esse percentual caia para um índice inferior a 5% da população total, mostrando a redução da fome no país nos últimos 15 anos.
Os dados da FAO estão na edição deste mês do Boletim do Agronegócio Internacional, elaborado pela Superintendência de Relações Internacionais (SRI) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com o documento, um dos motivos da redução no número de pessoas que passam fome no Brasil foi “o aumento da participação das mulheres na força de trabalho”, contribuindo para a melhoria da renda das famílias, especialmente no Nordeste brasileiro.
O documento da FAO avalia os progressos ocorridos no combate à fome para cada região do País e no mundo, desde 1990. A conclusão foi que o compromisso de reduzir pela metade o número de pessoas afetadas pela fome foi atingido pela maioria dos países analisados. Assim, é que a fome, sempre segundo o estudo, foi reduzida de forma significativa na Ásia Central, Oriental e no Sudeste Asiático, assim como na América Latina, onde o Brasil foi destaque.
Exportações do agronegócio – A SRI mostra, ainda, que nos primeiros cinco meses de 2015 a balança comercial do agronegócio apresentou superávit de US$ 28,1 bilhões, mostrando que o setor agropecuário mantém-se vital para a recuperação da balança comercial brasileira. Mesmo assim, a crise econômica enfrentada pelo país levou a uma queda de 13,1% no saldo comercial do agronegócio, em comparação com 2014.
As exportações de produtos do agronegócio, de janeiro a maio de 2015, atingiram US$ 34,1 bilhões. Com esse desempenho, a participação do agronegócio nas exportações totais do país atingiu o maior valor dos últimos cinco anos: 45,7% do total vendido ao mercado internacional.
Fonte: Canal do Produtor