FAO aumenta estimativas de produção e estoque de cereais em 2015

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) elevou sua estimativa de produção mundial de cereais em 2015/16, para 2.54 bilhões de toneladas, 13.8 milhões de toneladas acima da projeção de julho.

No entanto, o número ainda é 21 milhões de toneladas inferior ao do recorde de 2014/15. A revisão foi reflexo principalmente do aumento da perspectiva de produção de milho na Argentina, Brasil e Estados Unidos, além da projeção de safra de sorgo maior nos EUA.

O clima favorável nessas regiões mais que compensou a redução da estimativa de produção de milho na União Europeia, onde temperaturas altas e clima seco afetaram o potencial produtivo das lavouras. Com a colheita de trigo quase concluída no Hemisfério Norte, a FAO estimou produção de 728 milhões de toneladas em 2015, 5 milhões de toneladas acima da previsão anterior.

A produção de arroz foi estimada em 501 milhões de toneladas, 1.3 milhão de toneladas acima da projeção de julho e 3.6 milhões de toneladas acima do registrado no ano anterior.

Para a temporada 2015/16, a FAO elevou levemente a previsão de consumo de cereais, para 2.536 bilhões de toneladas. O número representa um acréscimo de 1,2% em relação ao ciclo anterior. O consumo humano foi projetado em 1.117 bilhão de toneladas, 1,3% acima de 2014/15, acompanhando o crescimento populacional.

O uso de cereais em ração animal deve totalizar 898 milhões de toneladas, incremento de 1,4% em relação ao ciclo anterior.

Segundo a FAO, o número indica uma importante desaceleração, se comparado com a taxa de crescimento das duas temporadas anteriores. A perspectiva é de que os estoques globais de grãos ao fim da temporada 2015/16 totalizem 643 milhões de toneladas, cerca de 12 milhões de toneladas acima da previsão de julho.

A FAO elevou sua previsão de comercialização em 2015/16 para 360.6 milhões de toneladas, 2.6 milhões de toneladas a mais que o estimado anteriormente. A estimativa ainda representa uma queda de 11.7 milhões de toneladas, na comparação com o recorde de comercialização alcançado em 2014/15.

 

Fonte: Globo Rural

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