A 2ª safra de milho 2016/2017 deverá ser de manutenção da área, ou seja, estabilidade devido à dificuldade de obtenção de crédito por parte do produtor. Contudo, as primeiras projeções apontam para uma produção de 23.2 milhões de toneladas de cereal em meio aos campos mato-grossenses – um incremento de 23,24% em comparação ao ciclo passado. O ganho deverá ser motivado pela produtividade, que estima um salto de 74,2 sacas por hectare, em média, para 91,5 sacas. A produção de milho deve aumentar 23,24% na safra 2016/17, mesmo com área estável.
A manutenção da área em 4.24 milhões de hectares, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), tem como principal fator a dificuldade do produtor em obter crédito, assim como verificado na soja.
Segundo o Imea, “neste ano o produtor tem observado maior dificuldade de acesso ao crédito rural para a safra 2016/17, tanto em relação à soja quanto ao milho. Além deste fato, a quebra de safra do milho ocorrida em 2016 representa um receio para o produtor, que evita obter maiores investimentos no que diz respeito às tecnologias, sobretudo para adubação”.
Por causa disso, o instituto estima uma produtividade média na casa das 91,5 sacas por hectare, volume este semelhante às 91,6 sacas da safra 2013/2014, quando o estado produziu 17.7 milhões de toneladas.
Em números totais são esperadas 23.297 milhões de toneladas na 2ª safra de milho, acima das 18.904 milhões de toneladas colhidas diante quebra provocada pela ausência de chuva. A maior recuperação em termos de produção é esperada na região Nordeste, de 114,94% – aumento de 972.200 toneladas para 2.089 milhões de toneladas de milho. A região em questão havia colhido na safra 2014/2015 um volume de 2.362 milhões de toneladas. Já o médio-norte mato-grossense, principal região produtores do cereal, deverá aumentar de 8.479 milhões de toneladas para 10.019 milhões de toneladas.
Fonte: Agro Olhar