O comércio da China em janeiro teve um desempenho pior que o esperado, com a demanda fraca persistindo tanto no país quanto no exterior, o que aumenta as expectativas de mais medidas governamentais para deter a desaceleração e reprimir o nervosismo do mercado.
As exportações da China em janeiro recuaram 11,2% na comparação com o ano anterior –o sétimo mês seguido de queda, enquanto as importações caíram 18,8% — o 15º mês de declínio, ambos os resultados bem piores que o esperado, mostraram nesta segunda-feira dados da Administração Geral de Alfândegas.
As exportações recuaram mesmo que a China tenha permitido que o yuan enfraquecesse quase 6% contra o dólar desde agosto passado, sublinhando a extensão do enfraquecimento da demanda global.
O país registrou um superávit comercial de US$ 63.3 bilhões no mês, parcialmente devido à demanda fraca e à queda dos preços das commodities, contra US$ 60.09 bilhões em dezembro.
“No geral, acreditamos que a forte queda do comércio em janeiro reflete a demanda externa fraca, especialmente dadas as exportações fracas das economias vizinhas como Coreia e Taiwan, escreveram em nota os economistas do ANZ Li-Gang Liu e Louis Lam.
“O nível recorde de superávit comercial indica que a China continua a ter um grande superávit de conta corrente, e isso deve ajudar a compensar parte da saída de capital e aliviar a pressão de depreciação do yuan.”
Analistas consultados pela Reuters esperavam que as exportações caíssem 1,9%, após recuarem 1,4% em dezembro, e que as importações recuassem 0,8%, na sequência da queda de 7,6% no mês anterior. A pesquisa projetou um superávit comercial de US$ 58.85 bilhões.
Fonte: Reuters