Exportações de frutas aumentam 2% em volume no primeiro trimestre de 2022

Mesmo diante de diversos desafios enfrentados pelos fruticultores e exportadores brasileiros nos três primeiros meses do ano, as exportações de frutas registraram aumento de 2% em volume comparados ao mesmo período do ano anterior.

O volume total de frutas frescas enviadas para o exterior até agora foi de 250.000 toneladas. Já em valor não houve aumentos, pois foram contabilizados os mesmos do ano anterior.

Melão, limão, manga e melancia foram as frutas que registraram o maior volume de embarques de janeiro a abril de 2022. Apesar da alta de apenas 4% em volume nas exportações de melão, foram exportadas cerca de 76.000 toneladas da fruta, com faturamento de US$ 47.1 milhão.

Segundo as informações divulgadas pela Abrafrutas, o limão registrou aumento de 20%, com a exportação de quase 37.000 toneladas. Essa alta ocorreu devido a alguns fatores, dentre eles, o mercado externo com preços mais atraentes do que o interno.

Além disso, países como México, Colômbia e Guatemala ficaram sem produção, abrindo espaço para o envio de mais limão brasileiro para o exterior. Outro ponto de destaque para este aumento se deu com a abertura do mercado chileno no primeiro mês do ano, com envio das primeiras cargas de limão taiti em fevereiro.

Impacto das chuvas

A manga que foi a fruta mais exportada em 2021. Nesse trimestre, registrou aumento de 9% em volume. Entretanto, as chuvas intensas que atingiram a região do Vale do São Francisco, principal polo de produção, afetaram diretamente a qualidade da fruta. Com qualidade baixa, houve queda de 8% no valor.

Outra cultura com produção prejudicada pela chuva foi a uva. Segundo os produtores, não há fruta no campo, e consequentemente pouco tem sido escoado no mercado interno, o que resultou na queda de 59% das exportações em volume e 61% no valor.

Estiagem e crise

A maça também reduziu em 52% no volume e 56% em valor. A quebra de produção causada pela estiagem nas regiões produtoras foi um dos fatores que resultaram na diminuição dos envios.

A estiagem também provocou redução no tamanho do fruto, o que prejudica as exportações. A guerra entre Rússia e Ucrânia e entraves logísticos foram também elementos que contribuíram para este resultado.

Apesar dos impactos gerados pela guerra no preço dos combustíveis, fertilizantes e outros insumos, assim como questões logísticas que tem prejudicado as exportações de forma geral, o setor acredita que os novos mercados e as ações de promoção das frutas brasileiras continuarão impulsionando o aumento de 2% a 3% nas exportações de frutas no próximo trimestre.

 

 

Fonte: Agrolink

Equipe SNA

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