As exportações de carne suína brasileira estão perto de bater novamente o recorde registrado em maio, com chance de chegar às 90.000 toneladas, segundo o analista da Agrifatto Consultoria, Yago Travagini.
Entretanto, neste mês os embarques já superaram o recorde histórico para junho, que era de 61.480 toneladas, totalizando 76.480 toneladas.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do governo federal, divulgados nesta segunda-feira, no caso do volume exportado, em julho deste ano foi de 76.583 toneladas, o que representa 24,55% a mais do volume total embarcado no mesmo mês do ano passado, de 61.486 toneladas.
“Isso já era esperado, e ainda temos cinco dias úteis no mês, o que torna plausível chegar às 90.000 toneladas embarcadas”, disse Travagini.
A receita até o 18º dia útil de julho com as exportações de carne suína foi de US$ 162.636 milhões, cerca de 15,56% a mais do que a de julho de 2019, que foi de US$ 140.734 milhões.
“Essa demanda está sendo puxada pela China, e deve continuar, enquanto o problema com a Peste Suína Africana no país não for resolvido. A expectativa é de que o mês de agosto também deva ser bom, com embarques entre 70.000 a 90.000 toneladas”.
A média diária dos embarques da carne suína nas quatro primeiras semanas do mês foi de US$ 9.035,00, quantia 47,66% superior aos US$ 6.118,00 registrados no mesmo mês do ano passado. O volume médio diário foi de 4.254 toneladas até a quarta semana do mês, que é 59,15% superior às 2.673 toneladas de julho de 2019.
Em relação ao preço pago por tonelada, o recuo nos primeiros 18 dias úteis de julho está estimado em 7,22%, quando comparados os US$ 2.123,00 praticados atualmente, contra os US$ 2.288,00 no mesmo mês do ano passado.
“O preço pago por tonelada está no vermelho, mas ainda dentro do que era praticado no mês passado. A carne suína brasileira é mais competitiva, e mesmo com esse preço em dólar menor, na conversão em real a rentabilidade é boa”, afirmou o analista da Agrifatto.
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