As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 385 mil toneladas em julho, número que supera em 6,2% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 362,4 mil toneladas. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), é o primeiro saldo mensal positivo desde os equívocos ocorridos na divulgação da Operação Carne Fraca, ocorrida em março deste ano.
O resultado do mês também foi positivo em receita cambial. Ao todo, foram obtidos US$ 619,2 milhões, saldo 2,7% superior aos US$ 603 milhões registrados em julho de 2016. No acumulado do ano (janeiro-julho), o setor registra alta de 5,4% na receita cambial, com US$ 4,201 bilhões em 2017 – contra US$ 3,987 bilhões dos sete primeiros meses de 2016. Já em volume, houve decréscimo de 4,6%, com 2,506 milhões de toneladas neste ano – em 2016, foram 2,628 milhões de toneladas.
“Emirados Árabes Unidos, Egito, Japão, México, Kwait, Angola e outros mercados contribuíram para o bom desempenho registrado neste mês. Nossa expectativa é que o ritmo se mantenha nestes níveis até o fim de 2017, recuperando o setor exportador dos impactos negativos registrados ao longo do primeiro semestre”, analisa Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.
Carne suína in natura
As exportações brasileiras de carne suína in natura registraram queda de 6,8% em julho na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram embarcadas 48,7 mil toneladas no sétimo mês de 2017, contra 52,2 mil toneladas de julho de 2016. Já em receita houve incremento de 10%, com US$ 122,7 milhões no mês passado, contra US$ 111,6 milhões de julho de 2017.
O saldo das vendas nos sete primeiros meses do ano também foi positivo, chegando a US$ 863 milhões neste ano, frente a US$ 685,2 milhões em 2016. No mesmo período, houve retração de 3,1% nos volumes embarcados, com 342,4 mil toneladas neste ano – no ano passado, foram 353,4 mil toneladas.
“Houve uma retração pontual nas importações de determinados mercados. A boa notícia veio de Hong Kong, que retomou suas importações em patamares razoavelmente elevados”, pontua Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.
Fonte: ABPA