As exportações de café conilon no período de janeiro a julho de 2018 totalizaram 872.123 sacas de 60 kg, que representam um aumento de 527,6% em relação ao mesmo período de 2017, quando o volume exportado foi de 138.970 sacas.
Dessa forma, o volume de exportações de 2018 indica uma recuperação do desempenho do café conilon, haja visto que houve uma queda na produção dessa variedade nos dois anos anteriores, em decorrência de severa estiagem ocorrida no Espírito Santo, estado que antes produzia em média cerca de 80% da safra dessa espécie no Brasil.
Com relação às exportações totais do café do Brasil, incluindo as duas variedades, arábica e conilon, nos sete primeiros meses deste ano foram vendidas para o exterior 16.924 milhões de sacas, com preço médio de US$ 154,09/saca, gerando uma receita cambial de US$ 2.6 bilhões.
O volume exportado foi de 14.086 milhões de sacas de café arábica, que representaram 83,2% do total; 872.123 sacas de conilon (5,2%), 1.958 milhões de sacas de café solúvel (11,6%) e 8.167 sacas de café torrado e moído, que representa menos de 1% do total embarcado.
Em julho de 2018, o Brasil exportou 2.3 milhões de sacas de café, número que representa um aumento de 24,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, no qual foram exportadas 1.8 milhão de sacas. A receita cambial obtida no mês, US$ 337.2 milhões, representou um aumento de 10,8% em relação ao mesmo período de 2017, US$ 304.3 milhões.
Com relação aos cafés diferenciados, que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, o Brasil exportou 2.828 milhões de sacas de janeiro a julho de 2018, registrando uma receita de US$ 531.162 milhões, que representam 16,7% do volume e 20,4% da receita total do café exportado, respectivamente.
O volume de exportação dos cafés diferenciados registrou crescimento de 10,4% em relação ao mesmo período de 2017. O ranking dos seis principais países que importaram esses cafés do Brasil neste ano foram: Estados Unidos, em primeiro, com 603.100 sacas (21,3%); Alemanha, em segundo, com 393.000 sacas (13,9%); Bélgica, na sequência com 391.300 sacas, (13,8%); Japão, quarto colocado, com 239.500 sacas (8,5%); seguido por Reino Unido, com 175.000 sacas, (6,2%) e Itália, com 152.400 sacas (5,4%), em sexto lugar.
Esses dados e análises constam do relatório mensal de julho 2018, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé. O boletim inclui ainda o artigo ‘Cafeicultura Sustentável – Avanços da Cafeicultura Brasileira: Uma homenagem ao dia do agricultor’, que destaca a comemoração dos 290 anos do café no Brasil e seu desempenho neste ano, com recorde de produção de 58 milhões de sacas e produtividade média de 30 sacas por hectare.
Os números demonstram a consolidação do País como maior produtor, maior exportador e segundo maior consumidor global de café. No aspecto da sustentabilidade, o artigo ressalta que o setor cafeeiro contribui diretamente na geração de milhões de postos de trabalho e na melhoria da qualidade de vida, especialmente do cafeicultor, que colabora com o desenvolvimento econômico, social e ambiental, promovendo a sustentabilidade.
O referido artigo destaca ainda, com base em dados preliminares do Censo Agropecuário 2016 (IBGE), que o café é atualmente produzido em 307.800 estabelecimentos – número que aumentou 7,3%, se comparado o Censo de 2006 que registrou 286.700 estabelecimentos.
Além disso, o Cecafé informa que o Brasil repassa ao cafeicultor aproximadamente 80% do preço FOB – Free on Board de café arábica (valor negociado pela saca, colocada a bordo do navio) . Segundo o Conselho, esse percentual expressivo demonstra a eficiência logística e a transparência da cadeia produtiva do café.
Acesse aqui o site do Observatório do Café para ler na íntegra o relatório mensal de julho.
Fonte: Embrapa Café