O setor agropecuário brasileiro faturou, em exportações, 17,5% a mais entre janeiro e abril deste ano, em comparação com igual período de 2019. A informação foi divulgada, em nota, pelo Ministério da Agricultura, tendo como base os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. Houve aumento de embarques especialmente para a Ásia, com destaque para a China.
A soma das exportações alcança US$ 67.833 bilhões. Já as importações registram US$ 55.56 bilhões, com saldo positivo de US$ 12.264 bilhões e corrente de comércio de US$ 123.4 bilhões. “Diferentemente do quadro mundial, o Brasil manteve sua balança praticamente estável”, indicou a nota do Ministério da Agricultura.
Ainda segundo o ministério, a participação do agronegócio no total das exportações brasileiras no período de janeiro a abril subiu de 18,70% para 22,90%. A soja se destacou, com 29,90% a mais em faturamento entre janeiro e abril, para US$ 11.653 milhões. O algodão em bruto subiu 69,50%, de US$ 659.2 milhões para US$ 1.17 bilhão.
Em relação ao mês de abril, o agronegócio brasileiro exportou US$ 18.31 bilhões e importou US$ 11.611 bilhões, com saldo positivo de US$ 6.702 bilhões.
Alguns produtos do agronegócio bateram recordes históricos mensais de exportações em volume no mês de abril, como a soja, com 16.3 milhões de toneladas; o farelo de soja, com 1.7 milhão de toneladas; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, com 116.000 toneladas; carne suína, com 63.000 toneladas e algodão bruto, com 91.000 toneladas.
Por outro lado, tiveram queda: trigo, centeio e milho, exceto milho doce, café não torrado, animais vivos, frutas e nozes.
O Ministério da Agricultura acrescentou que as exportações brasileiras (de todos os setores) para a Ásia subiram 15,50% no primeiro quadrimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2020. “O mercado asiático passou a representar 47,20% do total de nossas exportações.
Apesar do impacto da pandemia sobre a economia chinesa, as exportações brasileiras para a China aumentaram 11,30% no período, com destaque para a soja (+28,50%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+ 85,90%), carne suína fresca, refrigerada ou congelada (+153,50%) e algodão em bruto (+ 79%).
Os números do primeiro quadrimestre mostram que, em dólares, a China comprou do Brasil o triplo do importado pelos Estados Unidos e o dobro demandado pela União Europeia.
Estadão Conteúdo
