Exportação de suco de laranja aumenta 16% em 11 meses da safra 2019/20, para 998.788 toneladas

A exportação total de suco de laranja brasileiro (FCOJ Equivalente a 66º Brix) registrou aumento de 16% nos 11 meses da safra 2019/20 (julho/junho) em comparação com o mesmo período anterior, de 858.904 toneladas para 998.788 toneladas. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e foram compilados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).

Em faturamento, as exportações cresceram 3%, somando US$ 1.650 bilhão em comparação com os US$ 1.596 bilhão obtidos no mesmo período da safra 2018/2019. “Até agora, a média exportada é de cerca de 90.000 toneladas de FCOJ equivalente por mês, o que corresponde ao desempenho da safra 2015/16”, explica em comunicado o diretor executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.

Segundo o executivo, o aumento ocorre em relação a uma base pequena, em um ano atípico em que a indústria paulista exportou menos de um milhão de toneladas de FCOJ equivalente. Para Netto, o avanço também está relacionado à maior oferta de suco no mercado. O setor processou cerca de 325 milhões de caixas, com total de 1.2 milhão de toneladas de suco na safra 2019/20, cerca de 37% a mais do que o no período anterior.

Destinos

Entre os principais mercados, a exportação para a União Europeia totalizou no período 702.135 toneladas, 27% a mais que o volume embarcado no mesmo período da safra anterior (551.654 toneladas). O faturamento somou US$ 1.167 bilhão, 13% acima dos US$ 1.030 bilhão na safra passada.

Para os Estados Unidos, as exportações brasileiras fecharam com queda de 18% nos 11 meses do ano-safra, com volume de 154.416 toneladas contra as 188.132 toneladas no período anterior. Em receitas, as vendas foram de US$ 248.6 milhões, com 25% de queda em comparação com os US$ 331.5 milhões da safra anterior.

Segundo Netto, “a economia americana começa a reabrir, e alguns relatórios dão conta de que o consumo continua em percentuais acima do período pré-pandemia. No entanto, os estoques de suco nos Estados Unidos representam cerca de 52 semanas de consumo, o que é muito e explica a queda das exportações para aquele país”.

O executivo afirma ainda que, apesar do avanço, não há qualquer efeito sobre as exportações brasileiras para aquele mercado. “Aumento de consumo é sempre uma boa notícia, mas, no momento, olhando apenas os números, não é possível identificar reflexos”.

Os embarques de suco de laranja para o Japão também registraram aumento entre julho de 2019 e maio de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior. Nesta temporada, já foram exportadas para o país 51.985 toneladas, 14% a mais que nos 11 meses da safra 2018/19, com 45.600 toneladas. O faturamento cresceu 4%, com US$ 92.128 milhões contra os US$ 88,567 milhões.

Nesta safra 2019/20, a China já importou 41.272 toneladas, 37% a mais que no mesmo período da safra 2018/2019, quando foram embarcadas 30.055 toneladas. Em termos de faturamento, houve queda de 4%, fechando em US$ 57.832 milhões, contra os US$ 60.048 milhões faturados na safra anterior.

“O mercado chinês é bem sensível a preços, e como houve uma desvalorização do suco por causa da grande oferta de suco, isso explica o aumento”, conclui Netto.

 

Broadcast Agro

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