Exportação de milho passa a de minério de ferro

A preocupação dos consumidores internos de milho aumentam. E eles têm motivos para isso. O chamado “patinho feio” das exportações dos grãos há alguns anos, o milho, atinge números respeitáveis.

No mês passado, o volume exportado foi o maior até então para os meses de janeiro, e o cereal ocupou o segundo posto em receita entre os produtos básicos, desbancando minério e soja.

As receitas com milho somaram US$ 735 milhões no mês passado, abaixo apenas dos US$ 811 milhões do petróleo. Já as de minério de ferro somaram US$ 656 milhões, e as de soja -um produto cujas exportações são fracas neste período- atingiram US$ 148 milhões.

Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) apontam para exportações de 4,46 milhões de toneladas no mês passado, 39% mais do que em janeiro de 2015.

Com o volume de janeiro, as vendas externas de milho superaram, pela primeira vez, 30 milhões de toneladas em 12 meses, tomando como base os dados da Secex.

As exportações de milho são crescentes. Em janeiro de 2012, o país exportava apenas 847 mil toneladas de milho.

O aumento das exportações de milho no segundo semestre e no início de ano se tornou constante devido a uma mudança de comportamento dos produtores.

Eles passaram a dar prioridade à soja no verão e a deixar o milho para o inverno.

Além disso, a área de soja vem aumentando no Brasil, puxando também a de milho. Em geral, o cereal substitui a oleaginosa no período de inverno. Com isso, há um aumento da oferta de milho no segundo semestre.

Dados desta segunda (1º) da consultoria Horizon indicam bem esse cenário. A safra 2015/16 de verão, antes a principal do país, deverá render 27 milhões de toneladas; a de inverno, 53 milhões.

Mas o país ganha mercado externo em um período em que os preços do cereal voltam para um patamar normal no mercado internacional.

Os preços atuais de US$ 165 por tonelada estão bem abaixo dos US$ 281 registrados em janeiro de 2013.

 

Fonte: Folha de S. Paulo

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