Exportação de grãos mantém ritmo forte

Os embarques brasileiros de soja mantiveram o ritmo forte e totalizaram 2.3 milhões de toneladas em janeiro, 56% mais que no mesmo mês de 2018, segundo levantamento da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Dados divulgados pela Secretaria de comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia mostram que as exportações da oleaginosa somaram 2.2 milhões de toneladas e renderam US$ 815 milhões no mês passado.

Em janeiro, o fluxo costuma ser menor porque a colheita no Brasil ainda está no início e os principais países importadores preferem recorrer aos Estados Unidos, cuja colheita se dá no segundo semestre. Com isso, o grão normalmente é mais competitivo.

Ocorre que a China, que lidera as importações globais da oleaginosa, continua a medir forças com os americanos na área comercial e segue a privilegiar a soja brasileira, o que tem motivado a redução de estoques no país.

Segundo a Anec, as vendas ao exterior deverão se intensificar em fevereiro, já com o crescimento da oferta que está saindo dos campos nesta safra 2018/19. Já estão programadas para embarque cerca de seis milhões de toneladas.

Ainda de acordo com levantamento da entidade, as exportações brasileiras de milho também foram expressivas em janeiro. Alcançaram três milhões de toneladas, volume 30% superior ao do mesmo mês do ano passado.

Pelos números da Secex, as vendas do cereal ao exterior foram ainda maiores: 4.22 milhões de toneladas, que renderam US$ 734.1 milhões. Há diferenças de metodologia entre os levantamentos da Anec e da Secex, o que pode explicar a grande diferença entre os resultados apresentados.

No caso do milho, contudo, a tendência é de desaceleração dos embarques, uma vez que as exportações brasileiras do cereal são alimentadas pela colheita da segunda safra, que começa a entrar no mercado com mais força no início do segundo semestre.

Segundo a Anec, as exportações de milho já programadas para fevereiro apontam para 1.2 milhão de toneladas. Uma nova aceleração deverá acontecer no início do segundo semestre, já embalada pela entrada no mercado da safrinha da temporada 2018/19.

 

Valor Econômico

 

 

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