Exportação de carne bovina bate recorde em agosto

Carne bovina: Brasil acumula recordes de exportação em proteína animal.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, mostram que as exportações de carne bovina (processada e in natura) bateram recorde em agosto. O volume de vendas alcançou 191.100 toneladas, com crescimento de 19% em comparação a agosto de 2019, e a receita totalizou US$ 753.2 milhões, com aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Secex. A China continua a puxar a demanda.

“Estamos batendo recorde atrás de recorde de exportação de proteína animal. A China, que é a grande compradora, também aumentou fortemente as compras de carne dos Estados Unidos, está recompondo estoque e reestruturando o sistema produtivo de suínos, mas ainda vai demorar um pouco para se estabilizar”, afirmou Fernando Pimentel, sócio-diretor da Agrosecurity.

Segundo a Secex, a China foi responsável por 62,40% do volume total exportado pelo Brasil nos oito primeiros meses do ano, considerando as 530.500 toneladas que entraram pelo continente e as 212.260 toneladas enviadas para Hong Kong. No mesmo período de 2019, foram 448.000 toneladas (38,60% do total).

Embarques 

De janeiro a agosto, os embarques de carne bovina brasileira registraram 1.294 milhão de toneladas. No mesmo período do ano passado foram 1.159 milhão de toneladas. Ainda nos oito meses iniciais de 2020, a receita chegou a US$ 5.4 bilhões, com aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2019, ocasião em que foi registrado um volume de US$ 4.4 bilhões.

Mercado interno 

Com o câmbio favorável, os preços da carne no mercado interno se tornaram elevados. “Com a atenção que está sendo dada ao dólar e à competitividade das exportações, os preços do mercado interno estão extremamente descolados da normalidade”, observou Pimentel.

“Em agosto de 2019 a arroba estava cotada na faixa de R$160,00 a R$ 180,00, e agora vale R$ 265,00, ou seja, é uma outra situação conjuntural”, disse o consultor, acrescentando que esse cenário deverá prosseguir até o final do ano.

“Vamos ter dificuldades para encontrar alguns tipos de carne, mas não acredito que haja desabastecimento de proteína animal. A demanda internacional está bastante agressiva e teremos de pagar caro para ter a carne no mercado interno”, concluiu Pimentel.

Outros destinos 

Depois da China, o Egito foi o segundo principal comprador da carne bovina brasileira de janeiro a agosto, com 91.500 toneladas e queda de 25,40% em relação ao mesmo período de 2019. Em seguida está o Chile, com 50.400 toneladas e baixa de 34,20%, e a Rússia, com 43.200 toneladas e queda de 4,6%.

Fontes: Agrosecurity/Secex/Valor Econômico

Foto: Pixabay

Equipe SNA

 

 

 

 

 

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