Os Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira (29/5) que continuarão tomando medidas comerciais contra a China, dias depois de Washington e Pequim anunciarem o esboço de uma solução para esfriar as tensões entre os dois países.
A Casa Branca disse que irá divulgar no próximo dia 15 de junho a lista de produtos chineses que serão submetidos a sobretaxas de 25%. A estimativa é que as tarifas cheguem à US$ 50 bilhões.
Além disso, em 30 de junho, os EUA também anunciarão restrições aos investimentos chineses no país. A medida vai mirar principalmente contra a aquisição de empresas de tecnologia americanas por parte de chineses.
Em meados deste mês de maio, a China concordou em aumentar a compra de produtos agropecuários e energéticos dos EUA e, na semana passada, o Departamento de Comércio americano informou aos legisladores que chegou a um acordo para colocar a empresa de telecomunicações chinesa ZTE de volta aos negócios.
Embora os anúncios tenham diminuído as preocupações sobre a possibilidade de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, o presidente dos EUA, Donald Trump, também disse que qualquer acordo entre Washington e Pequim precisaria de “uma estrutura diferente”, alimentando a incerteza sobre as negociações.
Trump ameaçou impor tarifas a produtos chineses que podem chegar a US$ 60 bilhões, para combater o que ele rotulou de práticas comerciais desleais por parte de Pequim e para conter o déficit comercial com a China, que está em US$ 375 bilhões.
China se surpreende
A China expressou surpresa com o comunicado da Casa Branca desta terça-feira, 29/5. O Ministério de Comércio chinês pediu que os EUA atuem de acordo com o “espírito do recente comunicado conjunto” dos dois países após reuniões em Washington. “A China possui confiança, habilidade e experiência para proteger seus principais interesses”, afirma.
Fonte: Valor
