Estudo da consultoria Spark aponta que a soja geneticamente modificada RR, cultivada em todo o Brasil e desenvolvida para ser resistente ao herbicida glifosato, tem sido atacada por plantas daninhas também resistentes ao agroquímico, como a Buva (Conyza bonariensis), o capim-amargoso (Digitaria insularis) e o chamado ‘milho invasor’ ou ‘milho voluntário’ (Zea mays). Com isso, a área de soja tratada com herbicidas complementares ao glifosato na safra 2016/2017 saltou para 40%, contra 33% registrado na safra anterior.
A participação de produtos alternativos ou complementares ao glifosato foi de US$ 492 milhões no período, um crescimento de 55% em relação à safra anterior, quando o segmento atingiu US$ 318 milhões. Já o faturamento com o glifosato se manteve estável em US$ 740 milhões.
No Mato Grosso, por exemplo, o controle do milho voluntário foi feito em 22% da área de soja, enquanto que em nível nacional atingiu 12%.
Esse milho passou a ser um problema nas áreas de soja, por causa do crescimento de híbridos RR tolerantes ao glifosato. Nessa situação, recomenda-se aplicar um herbicida específico e seletivo para o milho, um cereal, e que também preserve a soja, uma leguminosa, disse Cristiano Limberger, engenheiro agrônomo e gerente de atendimento da Spark Inteligência Estratégica.
A avaliação do agrônomo é de que levantamento da empresa comprova principalmente que o uso isolado do glifosato já não surte mais efeito sobre diversas plantas daninhas, que adquiriram resistência ao agroquímico devido ao uso repetitivo e prolongado do produto.
Fonte: Agrolink