Estoque de milho diminui, mas ainda é elevado

Por Mauro Zafalon

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) elevou a produção brasileira de milho. Mesmo assim, prevê estoques menores na passagem desta safra para a outra. Os novos números indicam 20.2 milhões de toneladas, abaixo das 21.6 milhões de toneladas estimados em agosto. Já a produção sobe para 97.7 milhões de toneladas, bem acima das 66,5 milhões de toneladas da safra anterior.

O recuo no volume final de estoques de milho nesta safra foi possível porque, na avaliação da Conab, as exportações do cereal devem subir para o recorde de 29 milhões de toneladas. Com isso, as estimativas da Conab ficam mais próximas das do mercado, que prevê até 32 milhões de toneladas.

A Conab reajustou para cima também os estoques finais de feijão. No final da safra 2016/17, os armazéns terão 264 mil toneladas da leguminosa, o maior volume em três anos. Já os estoques de arroz deverão ficar em 1.46 milhão de toneladas no final desta safra, estáveis em relação à estimativa anterior, mas bem acima das 431 mil da safra 2015/16. O estoque de trigo também se mantém estável em relação às previsões anteriores: 2.53 milhões de toneladas.

Etanol

Produtores de milho e indústrias de etanol pedem a Donald Trump que tome medidas contra a taxa de importação de etanol colocada recentemente pelo Brasil nos produtos dos EUA.

Eliminação

Os produtores americanos querem a eliminação da taxa de 20% ou uma elevação do limite de 600 milhões de litros. Na avaliação deles, os EUA, além de perderem empregos, deixarão de obter US$ 750 milhões na exportação do combustível.

Briga por pouco

Agora que o mercado de etanol pode se ajustar no Brasil, devido à nova política de reajustes de combustíveis da Petrobras, o Brasil impõe essa taxa. Quando a produção e as exportações brasileiras melhorarem, os americanos vão dar o troco.

 

Fonte: Folha de S. Paulo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp