A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Epa, na sigla em inglês) recuou de uma série de mudanças polêmicas no programa de biocombustíveis do país depois da reação de legisladores de estados produtores de milho, que temiam cortes na demanda por etanol. A informação foi divulgada pelo órgão em carta enviada aos políticos a qual a Reuters teve acesso.
A mensagem pode acabar com a incerteza sobre o futuro do Padrão de Combustíveis Renováveis dos EUA (RFS, na sigla em inglês) sob a administração do presidente Donald Trump, que tem mexido com os mercados de commodities e energia por meses.
O programa, que obriga as refinarias a aumentar ano a ano o total de etanol e outros biocombustíveis usados na matriz energética nacional, estava para ser totalmente modificado pelo governo do republicano.
O administrador da Epa, Scott Pruitt, afirmou na carta, datada de 19 de outubro, que a agência vai manter ou mesmo elevar os mandatos de volumes de biocombustíveis no próximo ano, revertendo um movimento inicial que poderia acarretar em cortes nessas obrigações.
Pruitt disse que a Epa não buscará outra ideia aventada pela liderança da agência que permitiria que o etanol exportado fosse contado nessas cotas de volume.
Na carta, o administrador declarou que a Epa está preparada para trabalhar com o Congresso para examinar a possibilidade de uma mudança que permitisse a venda de gasolina E15, contendo 15 % de etanol, durante todo o ano.
O presidente e CEO da Associação de Combustíveis Renováveis dos EUA, Bob Dinneen, disse em resposta à carta, na manhã desta sexta-feira, que a indústria de etanol dos EUA estava satisfeita com o movimento.
Fonte: Reuters