Boi Gordo: Mercado em ritmo lento e com negócios pontuais de até R$ 1,50/@ acima da referência em SP
Mercado do boi gordo com baixa movimentação, cenário típico de segunda-feira.
Em São Paulo parte das indústrias está fora das compras e os preços estão estáveis. Contudo, existem negócios até R$1,50/@ acima da referência, mas ainda são casos pontuais e sem força para alterar o mercado.
A diminuição da oferta de animais terminados tem feito com que algumas indústrias comprem animais de outras regiões, a fim de preencher as programações de abate.
O escoamento da carne está lento e não vem deixando espaços para valorizações da carne com osso no atacado. Este é um fator que colabora com o estreitamento da margem das indústrias.
O boi casado de animais castrados está cotado em R$8,78/kg.
A margem de comercialização das indústrias que fazem a desossa (Equivalente Scot Desossa) está em 13,1%, queda de dois pontos percentuais em relação ao início de maio.
Frango Vivo: Mercado inicia mais uma semana estável
As cotações do frango vivo no mercado independente trabalham praticamente estável ao longo do mês de maio. Algumas praças registraram valorização na primeira quinzena, mas voltaram a recuar, chegando à última semana do mês com o mesmo valor praticado no início maio.
Em Minas Gerais, a referência é de R$ 2,50/kg chegando a R$ 2,60/kg em seu pico no mês. Apesar das valorizações pontuais a tendência é de que a praça encerre maio estável com os mesmo R$ 2,50 praticados na primeira semana.
Em São Paulo, o valor de comercialização do animal vivo está em R$ 2,50/kg, seguida do Rio Grande do Sul que registra R$ 2,45/kg e de Paraná e Santa Catarina, que tem o menor valor, R$ 2,40/kg, segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas que apontou manutenção nas cotações desde o início de maio.
De acordo com o alerta semanal do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) as cotações reais do animal vivo neste mês, são as mais baixas desde maio/15 em todas as regiões pesquisadas.
No entanto, segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias “a perspectiva é por reajustes dos preços do frango vivo ao longo da primeira quinzena de junho, período que conta com maior apelo ao consumo”, considera.
No atacado os preços já começam a exibir recuperação, Segundo a Scot Consultoria os compradores começam a se abastecer para o início do mês e, com isso, os preços tiveram ligeira melhora na semana.
A carcaça está cotada, em média, em R$3,55/kg, alta de 2,9% em sete dias. Na comparação anual, os preços na granja e no atacado estão 16,3% e 8,6% maiores, respectivamente.
O levantamento do AviSite apontou que apesar das quedas o desempenho do preço do frango vivo nos primeiro cinco meses de 2016 – janeiro a maio – é superior a média observados nos últimos quatro anos. Assim, a cotações do animal vivo, considerando as praças de todo o País, está em R$ 2,68/kg contra R$ 2,30/kg, R$ 2,37/kg e R$ 2,48 praticado em 2015, 2014 e 2013 respectivamente.
Suíno Vivo: Paraná e Rio Grande do Sul elevam referência para semana
A pesquisa semanal da cotação do suíno no Rio Grande do Sul apontou aumento de R$ 0,12 no preço pago pelo quilo do suíno vivo ao produtor independente no ficando em R$ 3,56/kg. Já o preço médio do suíno agroindustrial é de R$ 2,77/kg.
A ACSURS (Associação de Criadores de Suínos do Estado) também informou que a saco do milho baixou para R$ 52,16 (anterior R$ 54,00) e o farelo de soja subiu para R$ 1.535,00 para pagamento à vista (anterior R$ 1.390,00) e para R$ 1.560,00 para pagamento com 30 dias de prazo (anterior R$ 1.405,00).
No Paraná o avanço foi de R$ 0,29 no quilo do animal vivo, conforme indicou a APS (Associação Paranaense de Suínos). Assim, a referência semanal saiu de R$ 2,83/kg para R$ 3,12/kg.
No atacado também foram verificadas altas nos preços na última semana. A carcaça especial está cotada, em média, em R$5,60/kg, aumento de 1,8% no período. Desde o início do mês, a carcaça subiu 21,7%, segundo levantamento da Scot Consultoria.
No curto prazo, com a entrada do novo mês, a Consultoria espera novas valorizações tanto do animal vivo, quanto no atacado.
De acordo com o alerta de mercado do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) as altas recentes melhoraram o poder de compra do suinocultor frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja).
Na semana que encerrou sete praças de comercialização realizaram valorização. Para a ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos) o cenário para o setor de carne suína do Brasil tende a melhorar nos próximos meses, com entrada da safrinha e do inverno.
O diretor executivo da Associação, Nilo de Sá espera que “a entrada da safrinha deve reduzir o preço do milho entre 20% e 30%, mesmo com a quebra (na produtividade) observada no Centro-Oeste”, disse. “Já o preço do suíno vivo vem crescendo nas últimas semanas, observando sazonalidade similar a 2015″, acrescentou.