A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Viva Lácteos (Associação Brasileira de Laticínios) se uniram ao Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a fim de melhorar os indicadores do leite e modificar metodologias que serão efetivamente implementadas ainda neste ano.
Por meio dessa parceria, será implementada uma nova forma de coleta de dados, possibilitando gerar resultados até o décimo dia útil do mês e divulgar médias de preços de forma antecipada para os sete estados de produção.
A pesquisa conduzida pelo Cepea nas empresas de leite localizadas nos estados de Goiás, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul corresponde a cerca de 45% do volume total da Pesquisa Trimestral do Leite, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Natália Grigol, pesquisadora da Equipe Leite do Cepea, disse que essa mudança vai melhorar o sistema agroindustrial do leite (SAG) e diminuir riscos na comercialização. “O Cepea espera gerar dados mais estratégicos para o setor e contribuir para o processo de coordenação do SAG do leite, que vem ganhando força ano a ano”.
Segundo a pesquisadora, a coordenação dos diferentes segmentos do SAG irá garantir que objetivos comuns sejam alcançados, promovendo maior competitividade e elevando a eficiência nas transações.
Grigol afirmou que a produção leiteira é muito grande dentro da agropecuária, representando 15,9% do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) no ano anterior. “Diante da produtividade média de apenas 4,5 litros/vaca/dia, fica evidente que o Brasil ainda tem enorme potencial para ir além”, explicou.
A organização do setor leiteiro se elevou de forma expressiva durante os últimos cinco anos por caminhos semelhantes aos adotados por outros mercados agropecuários. Para a pesquisadora do Cepea, “isso é só o começo”.
“Ainda é preciso viabilizar mais investimentos, elevar a qualidade da matéria-prima, além de estimular o consumo e expansão de políticas públicas para o setor”.
Fonte: Agrolink
