Entidades do agro repercutem votação a favor do impeachment de Dilma

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, afirmou que o setor recebeu “muito positivamente” o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “A gente sente uma esperança a partir de agora”, disse ele, que também é presidente da Academia Nacional de Agricultura. Foto: Divulgação Abag
O presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, afirma que o setor recebeu “muito positivamente” o prosseguimento do processo de impeachment. “A gente sente uma esperança a partir de agora”, diz ele, que também preside a Academia Nacional de Agricultura da SNA. Foto: Divulgação Abag

O governo Dilma Rousseff sofreu uma derrota no último domingo, 17 de abril, quando 367 deputados federais – 25 a mais que o necessário – votaram a favor da continuidade do processo de impeachment contra ela, que agora segue no Senado. Apenas 137 parlamentares se manifestaram favoráveis à presidente da República.

Antes mesmo da votação em sessão extraordinária na Câmara dos Deputados, a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e a maioria das federações representantes do agronegócio manifestaram-se a favor do impedimento de Dilma. Depois de domingo passado, as instituições consultadas pela equipe SNA/RJ mantiveram seus posicionamentos.

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, afirmou que o setor recebeu “muito positivamente” o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “A gente sente uma esperança a partir de agora”, disse ele, que também é presidente da Academia Nacional de Agricultura.

Para Corrêa Carvalho, também há “boa impressão” em relação à figura do vice-presidente Michel Temer, que pode vir a assumir a presidência da República, caso o Senado Federal aceite e instale o processo de impeachment.

O presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Antonio Alvarenga, afirmou que o resultado da votação na Câmara dos Deputados era inevitável, porque a sociedade brasileira “não suporta mais assistir às ilicitudes, à corrupção e aos acordos celebrados à margem da lei e dos costumes honestos”.

A SNA mantém seu posicionamento pela “destituição do atual governo, seja pelo impeachment, pela cassação da chapa Dilma-Temer por parte do TSE, ou ainda por um acordo político que viabilize a realização de novas eleições em curto prazo”. “O agronegócio precisa de segurança jurídica, estabilidade econômica e harmonia para continuar a crescer”, afirmou Alvarenga.

Em nota oficial à imprensa, o presidente da CNA, João Martins da Silva Jr., destaca que “recebe a decisão da Câmara dos Deputados consciente da responsabilidade que terá no processo de reconstrução do País”. “Entendemos que foi dado um primeiro passo importante para que se restabeleçam as condições de governabilidade, que consideramos essenciais para a volta do crescimento econômico, com equilíbrio e harmonia entre os brasileiros.”

 

“O agronegócio precisa de segurança jurídica, estabilidade econômica e harmonia para continuar a crescer”, afirma o presidente da SNA, Antonio Alvarenga. Foto: Paulo H. Carvalho_Casa Civil PR
“O agronegócio precisa de segurança jurídica, estabilidade econômica e harmonia para continuar a crescer”, afirma o presidente da SNA, Antonio Alvarenga. Foto: Paulo H. Carvalho_Casa Civil PR

OUTRAS POSIÇÕES

Coordenador do Movimento Pró-Impeachment da CNA, o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, acredita que “a aprovação do impeachment representa o início de um novo tempo para o País, por conta das reformas estruturais, econômica e política brasileiras”.

“Com o clamor da sociedade e o empenho da bancada goiana na Câmara, foi possível trazer um pouco de alegria e esperança para a população. Agora, com a aprovação dos deputados federais para o prosseguimento do impeachment, o Brasil escreveu uma nova página em sua história, que será consolidada com a decisão do Senado”, destaca Schreiner.

 

“A redução dos custos com medicamentos, após homologação dos remédios veterinários genéricos, sem dúvida, é uma vitória para o produtor", ressalta o presidente da Faeg, José Mário Schreiner.
“Agora, com a aprovação dos deputados federais para o prosseguimento do impeachment, o Brasil escreveu uma nova página em sua história, que será consolidada com a decisão do Senado”, destaca o presidente da Faeg e coordenador do Movimento Pró-Impeachment da CNA, José Mário Schreiner. Foto: Divulgação Faeg

Para o presidente da Famato (Mato Grosso), Rui Prado, o País viveu mesmo um momento histórico, no domingo passado. “E mais uma vez o produtor rural esteve presente. O agronegócio mato-grossense e a firmeza da sociedade civil organizada foram decisivos para a aprovação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff”, ressalta.

Na opinião do diretor de Relações Institucionais da Famato, Rogério Romanini, “podemos acreditar que o Brasil vai tirar o ‘pé da lama’ e retomar o crescimento econômico, com equilíbrio e respeito aos brasileiros e ao nosso setor, que responde por mais de 50% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro”, manifesta Romanini.

 

"O agronegócio mato-grossense e a firmeza da sociedade civil organizada foram decisivos para a aprovação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff”, ressalta o presidente da Famato, Rui Prado. Foto: Divulgação
“O agronegócio mato-grossense e a firmeza da sociedade civil organizada foram decisivos para a aprovação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff”, ressalta o presidente da Famato, Rui Prado. Foto: Divulgação

“Considero que foi o primeiro passo para o restabelecimento governamental, essencial para a volta do crescimento econômico do País”, resume o presidente da Faepa (Pará), Carlos Xavier.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul “parabeniza a CNA por seu posicionamento, que contribuiu de forma efetiva para o resultado obtido na votação”, destaca o presidente da Famasul, Mauricio Saito.

“A Famasul entende que a mobilização dos sindicatos e produtores rurais têm sido imprescindível para este momento de grande relevância para o Brasil. A aprovação do impeachment pela Câmara Federal é o primeiro passo de um processo que objetiva o retorno da governabilidade, essencial para a criação de um ambiente que possibilite a retomada de crescimento de nosso País.”

 

“A Famasul entende que a mobilização dos sindicatos e produtores rurais têm sido imprescindível para este momento de grande relevância para o Brasil", diz o presidente da Famasul, Mauricio Saito. Foto: Divulgação
“A Famasul entende que a mobilização dos sindicatos e produtores rurais têm sido imprescindível para este momento de grande relevância para o Brasil”, diz o presidente da Federação de Agricultura e Pecuaria de Mato Grosso do Sul, Mauricio Saito. Foto: Divulgação

Presidente da Federação de Agricultura do Estado de Espírito Santo (Faes), Júlio Rocha garante que “o Sistema Sindical Patronal Rural, liderado pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, 27 federações de Agricultura e 1924 sindicatos rurais, espalhados por todo o território nacional, lutaram pelo impeachment”.

“Isto refletiu os anseios dos produtores rurais de todo o País, pela renovação da esperança em melhores dias para a nossa economia, por políticas sadias e oportunas, pelo fim da corrupção, pelo resgate da confiança e da credibilidade e pelas reformas estruturais, tão necessárias ao Brasil”, avalia Rocha.

 

Presidente da Federação de Agricultura do Estado de Espírito Santo (Faes), Júlio Rocha garante que “o Sistema Sindical Patronal Rural, liderado pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, 27 federações de Agricultura e 1924 sindicatos rurais, espalhados por todo o território nacional, lutaram pelo impeachment”. Foto: Divulgação
Presidente da Federação de Agricultura de Espírito Santo (Faes), Júlio Rocha garante que “o Sistema Sindical Patronal Rural, liderado pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, 27 federações de Agricultura e 1924 sindicatos rurais, espalhados por todo o território nacional, lutaram pelo impeachment”. Foto: Divulgação

À frente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Roberto Simões reafirma que, juntamente com a CNA, a Faemg se posicionou a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“Mobilizamos nossas bases e estivemos presentes em Brasília, com mais de 2,5 mil produtores mineiros acompanhando esta votação histórica. Com satisfação, recebemos o resultado da primeira etapa do processo de impedimento da presidente. Vimos aí um passo vitorioso, mas apenas o início”, pondera.

Agora, Simões acredita que “precisamos seguir neste processo, mas, ao mesmo tempo, é necessário buscar novamente uma situação de equilíbrio e sensatez, para que possamos colaborar na reconstrução de um modelo que permita ao agronegócio retomar sua caminhada de desenvolvimento, progresso, tecnologia e constante contribuição à economia de Minas Gerais e do Brasil”.

 

Simões acredita que “precisamos seguir neste processo, mas, ao mesmo tempo, é necessário buscar novamente uma situação de equilíbrio e sensatez, para que possamos colaborar na reconstrução de um modelo que permita ao agronegócio retomar sua caminhada de desenvolvimento, progresso, tecnologia e constante contribuição à economia de Minas Gerais e do Brasil”, diz o presidente da Faemg, Roberto Simões. Foto: Rafael Motta/Divulgação
“Precisamos seguir neste processo, mas, ao mesmo tempo, é necessário buscar novamente uma situação de equilíbrio e sensatez, para que possamos colaborar na reconstrução de um modelo que permita ao agronegócio retomar sua caminhada de desenvolvimento”, diz o presidente da Faemg, Roberto Simões. Foto: Rafael Motta/Divulgação

MAIS DESAFIOS

Presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Paraná (Faep), Ágide Meneguette concorda com a opinião dos demais: “Sem dúvida, a vitória na Câmara dos Deputados foi o primeiro passo para impedir que o Brasil se transformasse em uma anarquia. Mas ainda teremos muitos desafios, trabalho e, sem dúvida, esforços para devolver um Brasil sério, correto e digno para nossos filhos e netos”.

 

“Sem dúvida, a vitória na Câmara dos Deputados foi o primeiro passo para impedir que o Brasil se transformasse em uma anarquia. Mas ainda teremos muitos desafios, trabalho e, sem dúvida, esforços para devolver um Brasil sério, correto e digno para nossos filhos e netos”, comenta o presidente da Faep, Ágide Meneguette. Foto: Divulgação
“Sem dúvida, a vitória na Câmara dos Deputados foi o primeiro passo para impedir que o Brasil se transformasse em uma anarquia. Mas ainda teremos muitos desafios, trabalho e, sem dúvida, esforços para devolver um Brasil sério, correto e digno para nossos filhos e netos”, comenta o presidente da Faep, Ágide Meneguette. Foto: Divulgação

Em sua visão, “a caminhada para resgatar a seriedade do Brasil ainda exige novas etapas”. “Etapas estas que serão acompanhadas por nós, agricultores, até a total retomada do País aos trilhos do crescimento e da prosperidade, deixando às margens da estrada toda a corrupção e desmando dos últimos anos.”

 

Por equipe SNA/RJ

 

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