Embarques de suco de laranja dão mostras de recuperação

Os embarques de suco de laranja do país somaram 379.500 toneladas equivalentes ao produto concentrado e congelado (FCOJ) e renderam US$ 655.4 milhões nos quatro primeiros meses desta safra 2019/20 (julho a outubro), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). Na comparação com o mesmo período do ciclo passado, o volume cresceu 24% e a receita foi 11% superior.

“Estamos processando uma safra grande, então é natural que haja certa movimentação de estoques, o que neste momento dificulta distinguir essa movimentação de um eventual aumento de demanda”, indicou, em comunicado, Ibiapaba Netto, diretor executivo da CitrusBR. Na temporada 2018/19, a demanda de destinos tradicionais do suco brasileiro, como União Europeia e Estados Unidos, mostrou-se particularmente fraca.

Os resultados incluem tanto as vendas de FCOJ quanto às de suco de laranja pronto para beber (NFC). Para harmonizar os cálculos, o volume de NFC, que por não ser concentrado e congelado ocupa espaço seis vezes maior nos navios, é convertido pela CitrusBR ao equivalente em FCOJ.

Segundo a CitrusBR, as exportações de FCOJ alcançaram, no total, 293.100 toneladas de julho a outubro, com aumento de 29% em relação aos quatro primeiros meses do ciclo anterior, e renderam US$ 487.3 milhões (12,50% mais). Já as vendas de NFC totalizaram 474.900 toneladas, ou US$ 168 milhões, com aumentos de 5% e 8%, respectivamente.

Para a União Europeia, os embarques de FCOJ e NFC somaram 277.700 toneladas equivalentes ao FCOJ, com aumento de 31%, ou US$ 488,3 milhões, e alta de 20%. Para os EUA, porém, o volume caiu 5%, para 53.500 toneladas, e a receita foi 21% menor (US$ 107.7 milhões).

No caso das vendas para o Japão, principal destino do suco do Brasil na Ásia, o volume aumentou 17%, para 19.900 toneladas equivalentes ao FCOJ, e o valor das vendas aumentou 8%, para US$ 34.6 milhões. E para a China, o volume cresceu 109%, para 14.800 toneladas, e a receita subiu 44%, para US$ 20.9 milhões.

 

Valor Econômico

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