Os últimos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC) indicam que entre janeiro e julho deste ano, em comparação a igual período de 2017, o Brasil exportou 200.000 toneladas a menos de carne de frango. E o principal responsável por essa queda foi o primeiro e mais tradicional importador do produto brasileiro, a Arábia Saudita, cujas compras recuaram mais de 28%, percentual correspondente a uma redução de 105.800 toneladas, ou seja, mais da metade (53%) do volume a menos exportado pelo Brasil.
Além da Arábia Saudita, entre os dez principais importadores, outros quatro países reduziram o volume adquirido: Japão (queda de 7,78%, 18.900 toneladas a menos), Hong Kong (-12,24%, 18.100 toneladas a menos), Holanda (que reduziu a importação de carne salgada, mas aumentou a importação de cortes in natura) e Kuwait (queda de 10,5%, 7.500 toneladas a menos).
Uma vez, porém, que o aumento propiciado pelos outros cinco principais importadores foi inferior à redução registrada no grupo citado, o volume destinado a esses dez maiores importadores recuou 6,16%, representando quase 100 mil toneladas a menos. As demais 100.000 toneladas a menos (do total de 200.000 toneladas) ficaram distribuídas entre os 133 países restantes, cujas importações corresponderam a um terço (33,29%) do total exportado.
É preciso registrar ainda que os percentuais de queda observados tanto no volume exportado quanto na receita cambial total são, agora, bem menores que os apontados no período janeiro-junho de 2018. No fechamento do semestre, a Secex/MDIC indicou queda de quase 13,5% no volume exportado e de 17,23% na receita cambial.
No momento (sete meses) esses percentuais, mesmo continuando negativos, estão em 8,16% e 12,40%, confirmando a tese de que as exportações de julho foram menores que o divulgado, e apenas incluíram restos não contabilizados do mês de junho.
Fonte: AviSite