Pela segunda vez na história das exportações de carne de frango in natura, o volume mensal embarcado ultrapassou a marca das 400.000 toneladas. Melhor ainda: o total exportado superou as 409.823 toneladas registradas há exatos três anos (julho de 2015) e que, até aqui, permaneciam como o recorde absoluto do setor.
Pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), em julho passado a exportação brasileira de carne de frango in natura atingiu a (surpreendente) marca das 438.296 toneladas, o que significa que ultrapassou em quase 24% o volume registrado no mesmo mês do ano passado (354.289 toneladas em julho de 2017).
Além disso, praticamente dobrou (99,02%) em relação ao mês anterior (220.223 toneladas em junho passado). Isto sem contar o incremento de mais de 7% em relação ao recorde de 2015.
Infelizmente, o preço médio alcançado não correspondeu na mesma proporção, ficando em US$ 1.506,03 a tonelada. Ou seja, apresentou ligeira melhora (+ 0,64%) em relação a junho passado, mas recuou mais de 3% em relação a julho de 2017.
Como, porém, o volume embarcado apresentou evolução expressiva, o preço não se refletiu na receita que, pelo contrário, também teve incremento significativo: superou os US$ 660 milhões, dobrando em comparação ao mês anterior (US$ 329.565 milhões) e apresentando incremento de praticamente 20% sobre o mesmo mês do ano passado (perto de US$ 552 milhões em julho/2017).
Esses, enfim, são os números da Secex/Mdic. Mas tudo indica que, em relação específica ao mês de julho, sejam apenas resultados contábeis. Ou seja: os números reais parecem estar no acumulado do ano, cujos resultados, embora inferiores aos de 2017, são mais compatíveis com o panorama do setor.
Assim, o volume exportado entre janeiro e julho, 2.152 milhões de toneladas, está pouco mais de 5,5% abaixo do alcançado em idêntico período de 2017 (é uma queda bem mais palatável que os mais de 10% apontados quando se fechou o primeiro semestre).
Já o preço médio desses sete meses (U$ 1.568,00 a tonelada), representa uma queda anual de 4%. Por fim, a receita cambial acumulada, pouco superior a US$ 3.350 bilhões, é 10% menor que a dos mesmos sete meses de 2017.
Fonte: AviSite