Em discurso na ONU, Bolsonaro fala sobre meio ambiente e agronegócio

O presidente Jair Bolsonaro destacou em seu discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira pontos importantes sobre meio ambiente e agronegócio. No evento, realizado em Nova York, Bolsonaro discursou por cerca de 30 minutos. A seguir, alguns dos principais trechos do pronunciamento.

Acordos comerciais

O presidente destacou que vai seguir com novos acordos comerciais. Ele citou dois importantes acordos fechados neste ano: o do Mercosul com a União Europeia e com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta).

“Pretendemos seguir adiante com os acordos. Estamos prontos também para iniciar nosso processo de adesão à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Já estamos adiantados adotando as práticas mundiais mais elevadas em todos os terrenos desde regulação financeira até a proteção ambiental”.

Amazônia

Durante discurso, o presidente reiterou que seu governo tem o compromisso com a preservação do meio ambiente. “O Brasil é um dos países mais ricos em diversidade e riqueza ambiental. Somos o país que mais protege o mundo”.

Bolsonaro aproveitou a ocasião para explicar que o clima seco favorece as queimadas espontâneas e também criminosas. Segundo ele, existem, inclusive, queimadas realizadas por índios e população local como tradição cultural ou forma de sobrevivência. “O governo terá tolerância zero para crimes ambientais”, disse.

Ataques da mídia internacional

Os ataques da mídia internacional por conta das queimadas na Amazônia, classificadas por Bolsonaro como sensacionalistas, despertou na população, segundo o presidente, um sentimento de patriotismo.

“Um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com o espírito colonialista, para nos tirar o que é mais sagrado, a nossa soberania. Um deles ousou sugerir aplicar sanções ao Brasil sem sequer nos ouvir”.

Bolsonaro enfatizou aos representantes de diversos países que é uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade ou que a floresta é o pulmão do mundo. Segundo ele, os países que criticaram recentemente as ações em relação a Amazônia e reservas indígenas estão mais preocupados com minerais e não com os índios.

Terras agricultáveis

O presidente também destacou, durante seu pronunciamento, a importância da agropecuária brasileira e a iniciativa do governo para aliar produção e preservação.

“Não podemos esquecer que o mundo precisa ser alimentado. Países como França e Alemanha, por exemplo, utilizam mais de 50% de suas terras para a agricultura, enquanto o Brasil usa apenas 8% de terras para a produção de alimentos. 61% do nosso território é preservado”, comentou.

Demarcação de terras indígenas

A demarcação de terras indígenas no Brasil para 20% não deve acontecer, conforme haviam sugerido alguns países. De acordo com o presidente, o Brasil possui cerca de 14% do território nacional regularizado como terras indígenas, mas, segundo ele, é preciso rever o conceito no qual a sociedade em geral trata esse tema.

“Muitas comunidades estão sedentas para que o desenvolvimento dessa parte do parte do país finalmente ocorra sem amarras ideológicas ou burocráticas. Isso facilitará um maior alcance nas áreas do empreendedorismo, saúde e educacional”.

O presidente também disse que uma nova política indigenista no Brasil é necessária. “Novas medidas arrojadas podem e devem ser na buscadas pela autonomia econômica dos indígenas”.

Acesse aqui, na íntegra, o discurso de Bolsonaro.

 

Fonte: Canal Rural

Equipe SNA

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