Em 2030, agro terá tecnologias de baixo carbono em mais de 72 milhões de hectares

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta: sistema de baixa emissão de carbono. Foto: Tony Oliveira/CNA

O setor agropecuário será um grande aliado para que o Brasil cumpra suas metas de redução das emissões assumidas na COP 26 (Conferência Internacional do Clima das Nações Unidas). A afirmação é do presidente do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e membro da Academia Nacional de Agricultura da SNA, Jacyr Costa Filho.

Ao destacar, em recente artigo, a participação do agro brasileiro para o cumprimento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (CNDs), no âmbito da COP 26, segundo metas apresentadas pelo Ministério da Agricultura, o executivo salientou que, em 2030, a agricultura do País “vai disseminar tecnologias de baixa emissão de carbono em mais de 72 milhões de hectares.”

Jacyr afirmou que, como potência agroambiental, o Brasil reúne condições singulares para explorar o mercado internacional de créditos de carbono, “desde que as vantagens produtivas (do País), como o implemento de tecnologias disruptivas e práticas inovadoras, sejam valorizadas na composição dos preços de títulos verdes”.

Além disso, o presidente do Cosag destacou o papel das indústrias de alimentos, da energia elétrica e de biocombustíveis para o desenvolvimento desse mercado. “Faz-se necessária uma sintonia em todos os níveis na discussão do tema”, disse.

Inovações e livre comércio

Ao citar recentes declarações de Joaquim Pereira Leite, ministro do Meio Ambiente, Jacyr também chamou a atenção para o fato de que, “se por um lado o mercado de carbono constitui uma plataforma para a promoção de inovações tecnológicas e energias renováveis, por outro lado corre o risco de produzir efeitos negativos, apresentando-se como barreira comercial.”

“Este debate é essencial para que o mercado de carbono seja, de fato, uma plataforma para a promoção de tecnologias limpas e do livre comércio”, ressaltou o acadêmico.

“O mundo precisa olhar para a transição energética de forma responsável. Evitar-se-á que o processo gere escassez de produtos e inflação verde, ocasionada pelo desequilíbrio entre oferta e demanda”, concluiu.

 

 

Fonte: Diário da Região, via Linkedin

Equipe SNA

 

 

 

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