Em 2023, pela primeira vez no espaço de 10 meses, as exportações brasileiras de carne de frango chegaram aos 4 milhões de toneladas. No ano passado, ficaram não muito distantes disso – 3,920 milhões de toneladas. Mas, neste ano, não só alcançaram a marca, mas também a superaram em mais de 5%.
Poderia ter sido mais, porém as traumáticas intempéries que têm afetado sobretudo o Sul do País, principal região exportadora, têm prejudicado o ritmo dos embarques. Em outubro, por exemplo, prevalecia a expectativa de embarcarem-se mais de 400 mil toneladas do produto, mas o cômputo final da SECEX/ME indica volume próximo de 392,5 mil toneladas que, mesmo assim, representou altas de 1,05/% e 2,98% sobre, respectivamente, o mês anterior e o mesmo mês do ano passado.
Com isso, o volume acumulado entre janeiro e outubro de 2023, somando 4,205 milhões de toneladas, apresenta aumentou de 7,26% em relação aos mesmos 10 meses de 2022. Já o total acumulado em 12 meses – 4,938 milhões de toneladas, aproximadamente – apresenta incremento de quase 6,5% sobre idêntico período.
Como não se encontra muito distante dos 5 milhões de toneladas, este último número gera a perspectiva de alcançar-se essa marca no fechamento de 2023. Porém, para que isso aconteça, os embarques do bimestre novembro/dezembro deverão ficar em cerca de 397,5 mil toneladas mensais.
Os valores apresentados na tabela abaixo indicam que o preço médio alcançado nesses 10 meses ficou quase 5% abaixo do registrado em idêntico período anterior. No entanto, a receita cambial acumulada no ano permanece com evolução positiva e também representa novo recorde para o período – apenas com ganhos mais lentos que no ano passado.
Em 2022, entre janeiro e outubro, a receita obtida pela carne de frango, próxima dos US$8 bilhões, registrou aumento anual de quase 30%. Neste ano, os US$9,687 bilhões já contabilizados apresentam incremento anual pouco superior a 2%.