Em 12 anos de Balde Cheio, Minas mostra que reinvestimentos indicam confiança da cadeia do leite

Montante reinvestido em genética, o aumento de áreas produtivas e outras melhorias foram, em média, de 30% da margem bruta do setor produtivo de leite, no Estado de Minas Gerais. Foto: Divulgação

Mesmo em tempos de crise econômica nacional, os produtores de leite mineiros, atendidos pelo programa Balde Cheio, têm conseguido manter crescente rentabilidade. Mais que isso: têm acreditado e investido cada vez mais na atividade, conforme revela o Sistema Faemg (Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais).

Somente no último ano, o montante reinvestido em genética, o aumento de áreas produtivas e outras melhorias foram, em média, de 30% da margem bruta. É o que revela o acompanhamento apresentado nesta segunda-feira, três de setembro, por pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste, aos gestores da Faemg.

O estudo apresenta informações de área, rebanho, produção leiteira, produtividade, qualidade de leite, custeio, investimentos e outros dados das fazendas assistidas, durante o ano de 2017.

Coordenador do Programa Balde Cheio na Federação, Wallisson Fonseca ressalta que “os indicadores comprovam os resultados positivos deste trabalho baseado, sobretudo, na assistência técnica continuada, com foco na transferência de tecnologia e na otimização dos recursos da propriedade”.

“A média nas propriedades atendidas é de 4,8 mil litros por hectare, marca comparável às de países líderes, como Nova Zelândia, Uruguai e Argentina. A média brasileira não passa de 1,6 mil litros por hectare”, informa o executivo.

ANÁLISE INÉDITA

De acordo com Fonseca, o relatório de 2017 traz, pela primeira vez, uma análise comparativa entre o desempenho de produtores incluídos no projeto, há um ano, e produtores assistidos há mais de três anos. “A evolução dos indicadores de eficiência mostra os efeitos crescentes da assistência continuada na melhoria de rentabilidade financeira e sustentabilidade na atividade”, avalia.

O coordenador do Programa Balde Cheio de Minas salienta que o estudo também trouxe notável avanço nos indicadores ligados à questão ambiental. “Isso é reflexo de atualizações tecnológicas e treinamentos itinerantes com os técnicos, visando a otimização da atividade com mínimo impacto ambiental.”

Em 2018, o Balde Cheio está completando 12 anos em Minas Gerais, com 2,5 mil produtores rurais da cadeia leiteira atendidos por 190 técnicos, em 330 municípios do Estado.

Fonte: Sistema Faemg com edição d’A Lavoura

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