Já se passaram (mais de) quatro anos da realização contínua do Sistema de Alerta Mosca-das-Frutas. São quase 1.500 dias monitorando pomares na região de Pelotas (dados referentes à publicação da Revista A Lavoura – Edição nº 705/2014).
Trata-se de uma rotina que envolve a visitação, todas as segundas, terças e quartas-feiras da semana, independentemente da estação anual, pelos técnicos e bolsistas de pesquisa da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas (RS), às unidades de observação de propriedades rurais, no interior do município.
Eles são responsáveis por fazer a coleta de dados das armadilhas instaladas nessas áreas rurais, cujos resultados serão usados para direcionar as adoções de manejo à cultura do pessegueiro pelo produtor.
O pêssego é uma das culturas mais fortes na metade sul do Estado do Rio Grande do Sul, concentrando mais de 95% da produção nacional dessa fruta destinada à conserva.
O Sistema de Alerta Mosca-das-Frutas é uma ação que faz parte do projeto Estabelecimento do Sistema de Alerta da Mosca-das-Frutas Sul-Americana Anastrepha fraterculus e da podridão-parda Monilinia fructicola, na cultura do pessegueiro.
Desde o mês de setembro, foram retomados os encontros semanais na Embrapa Clima Temperado com o objetivo de realizar a análise das informações para se conhecer o levantamento do monitoramento e posterior discussão das estratégias a serem lançadas para uso e benefício dos produtores de pessegueiro, com a participação de representantes da indústria (Sindocopel), da pesquisa (Embrapa), extensão rural (Emater/RS) e ensino (UFPel), assim como, associações de produtores e produtores de pessegueiros interessados.
O Sistema de Alerta é um programa de monitoramento da presença de mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus) nos pomares de pessegueiros da região. Para seu funcionamento, são seguidos princípios básicos do manejo integrado de pragas.
No caso da mosca-das-frutas, são utilizadas técnicas de manejo indicadas pela pesquisa como armadilhas, aplicação de iscas tóxicas ou aplicação de produtos recomendados por cobertura e medidas auxiliares de controle.
Durante esses anos de funcionamento do Programa de Monitoramento, segundo o pesquisador Dori Edson Nava, uma das maiores dificuldades tem sido a adoção das técnicas de manejo para controle do inseto pelo produtor, ou seja, o uso de armadilhas, de iscas tóxicas e de aplicação por cobertura.
ARMADILHAS
É indicado o uso de armadilhas McPhail, iscadas com proteína hidrolisada, que é um atrativo alimentar. Ao serem atraídas, as moscas são presas nas armadilhas e semanalmente é realizada a avaliação por meio da contagem dos insetos capturados. Durante essa inspeção, também se procede à substituição da proteína.
Ao se contabilizar o número de insetos capturados nas armadilhas, o produtor tem duas opções para realizar o controle da mosca-das-frutas: com o emprego de isca tóxica, ou por meio da aplicação por cobertura. São colocadas cerca de duas armadilhas por hectare, embora este número possa variar em função da uniformidade e localização do pomar.
Continue lendo essa reportagem gratuitamente (páginas 36 a 40), no site da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), clicando aqui.
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