Dólar fecha em leve baixa em pregão de baixa liquidez e estímulos da China

O dólar fechou a segunda-feira em leve queda, em um dia marcado pela baixa liquidez em função do feriado nos EUA e pela reação positiva dos investidores aos novos estímulos econômicos na China, que deram suporte a algumas moedas de exportadores de commodities, com os mercados repercutindo ainda os números norte-americanos da semana passada.

O dólar fechou o dia cotado a R$ 4,9350 para a venda, em baixa de 0,12%.

Na B3, às 17h03 (Horário de Brasília), o primeiro vencimento do contrato futuro do dólar estava em baixa de 0,15%, cotado a R$ 4,9575.

O dia foi de baixa liquidez nos mercados globais, por conta do feriado do Dia do Trabalho nos EUA. No Brasil, o vencimento outubro no mercado futuro do dólar da B3, o mais líquido e, no limite, o que serve de parâmetro para as cotações do segmento à vista, somava apenas 100.375 contratos negociados perto das 17h, bem abaixo da média diária.

No mercado à vista, segundo um operador ouvido pela Reuters, os spreads na negociação da moeda norte-americana eram maiores por conta do feriado nos EUA, o que também reduzia a disposição de importadores e exportadores de realizarem negócios.

Neste cenário, as cotações foram impactadas pelas novas medidas de estímulo econômico anunciadas pela China.

Todas as quatro cidades de nível 1 da China afrouxaram a definição de “comprador de moradia pela primeira vez” para facilitar o crédito hipotecário a indivíduos qualificados. Além disso, os principais bancos do país abriram caminho para novas reduções nas taxas de empréstimos e fontes disseram que Pequim está planejando outras ações, incluindo o relaxamento das restrições para a compra de residências. As dificuldades do setor imobiliário chinês têm preocupado investidores e bancos centrais em todo o mundo.

As notícias vindas da China deram suporte às ações na Ásia e na Europa mais cedo e favoreceram as moedas de alguns países exportadores de commodities, como o Brasil.

Além da China, as cotações ainda repercutiam os números de emprego nos EUA divulgados na sexta-feira, que davam força à leitura de que o Federal Reserve não subirá mais os juros em 2023.

Assim, o dólar à vista oscilou em baixa, praticamente por todo o dia, tendo variado entre uma cotação máxima a R$ 4,9430 e uma mínima R$ 4,9080.

No exterior, no fim da tarde, a moeda norte-americana também estava em baixa em relação a divisas como o peso colombiano, o dólar australiano e a libra. Por outro lado, o dólar subia em relação a moedas como o peso mexicano e o peso chileno.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 6.810 contratos de swap cambial tradicional ofertados para a rolagem do vencimento de outubro.

Fonte: Reuters
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