Dólar fecha em baixa acompanhando o mercado internacional e com o fluxo de saída

O dólar comercial fechou em baixa de 0,22%, cotado a R$ 3,4114 para compra e a R$ 3,4120 para venda, com máxima a R$ 3,4344 e mínima a R$ 3,4060, em um movimento de correção, com fluxo de saída de recursos e em meio à percepção de que não deve haver escalada militar na Síria após ataque dos Estados Unidos, França e Reino Unido no final de semana.

Nas duas semanas anteriores, o dólar acumulou uma alta 3,82%, influenciado pelos temores com a cena política local e as eleições no final de ano, além de eventual guerra comercial entre Estados Unidos e China. Esses ganhos acabaram gerando movimento de correção nesta manhã, que acabou perdendo fôlego com saída de recursos dos mercados locais.

“A operação militar dos EUA (e seus aliados) na Síria, até este momento, mostrou-se um ataque pontual e preciso”, afirmou mais cedo um gestor de investimentos de uma corretora nacional.

Forças dos Estados Unidos, França e Reino Unido realizaram ataques aéreos contra a Síria no início do sábado (horário local), em resposta a um ataque com gás venenoso que matou dezenas de pessoas na semana passada, na maior intervenção de potências ocidentais contra o presidente sírio, Bashar al-Assad.

Com a retórica de que não haveria mais ataques e sem respostas mais contundentes da Rússia, aliada do governo sírio, os mercados internacionais operavam com relativa calma nesta sessão, apostando que não haverá escalada militar na região.

No mercado internacional, por volta das 17h05 (Horário de Brasília), o Dollar Index estava em baixa de 0,40%, cotado aos 89,15 pontos, enquanto o euro estava em alta de 0,39%, cotado a US$ 1,2378.

Internamente, o mercado também segue de olho no quadro político, a poucos meses das eleições presidenciais que ainda se mostram bastante incertas. Neste fim de semana, pesquisa Datafolha mostrou que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguia na liderança da corrida eleitoral, uma semana depois de ter sido preso no âmbito da operação Lava Jato.

Com Lula como candidato, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) seguia isolado em segundo lugar. Mas sem o petista, a ex-senadora Marina Silva (Rede) cresceu e encostou no deputado, configurando empate técnico. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também cresceu sem o petista no páreo, passando de 5% para 9%.

Entre outros pré-candidatos, o Datafolha mostrou o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) com 6% das intenções de voto quando Lula aparece como candidato e 8% sem Lula.

“Ainda é cedo, mas a priori não foi uma pesquisa animadora”, indicou a corretora H.Commcor em relatório.

O mercado considera Lula um candidato menos comprometido com o ajuste fiscal e alguém com posições parecidas também não agrada.

O Banco Central vendeu todo o lote de 3.400 contratos de swap cambial tradicional. Com a venda de hoje, o BC já rolou US$ 1.020 bilhão do total de US$ 2.565 bilhões que vencem em maio.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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