Dólar fecha em alta em sintonia com o exterior

O dólar fechou em alta, em sintonia com o exterior, onde também sustentava ganhos em relação a maioria das moedas de países emergentes ou exportadores de commodities, em um dia de dados positivos sobre a economia norte-americana, mas com as bolsas de valores invertendo a tendência de alta à tarde.

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,7590 para a venda, em alta de 0,65%.

No mercado futuro de dólar, que encerra às 18h, o contrato da moeda norte-americana para agosto já registrava leve alta no fim da tarde.

Na B3, às 17h22 (de Brasília), o primeiro vencimento do contrato futuro do dólar estava em alta de 0,18%, cotado a R$ 4,7510.

Pela manhã, os dados econômicos positivos dos EUA afastaram a ideia de que o país poderia entrar em recessão, em meio ao aperto monetário agressivo do Federal Reserve.

O Departamento de Comércio informou que as encomendas de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves, subiram 0,20% no mês passado. Economistas ouvidos pela Reuters previam uma queda de 0,10%.

Já o Produto Interno Bruto dos EUA aumentou a uma taxa anualizada de 2,40% no último trimestre. Economistas consultados pela Reuters estimavam um aumento do PIB de 1,80%.

Os números deram força ao dólar em relação a outras divisas fortes, mas o real seguiu se fortalecendo durante boa parte da manhã, em meio ao otimismo do mercado, após a agência Fitch elevar a nota de crédito do Brasil na quarta-feira.

Na mínima do dia, registrada às 10h08, o dólar à vista foi negociado a R$ 4,7100.

Durante a tarde, no entanto, o cenário mudou no exterior. Os principais índices de ações dos EUA, que estavam em alta, passaram a recuar, em meio a um movimento de realização de lucros dos investidores durante a temporada de balanços.

O dólar ampliou a alta em relação as moedas fortes e passou a sustentar ganhos firmes em relação a maioria das divisas de emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real.

“As bolsas norte-americanas inverteram a tendência e as moedas emergentes também sentiram isso”, disse Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM.

Operador ouvido pela Reuters afirmou que o movimento de alta do dólar foi forte no fim da tarde, disparando ordens stops (parada de perdas), o que intensificou a alta das cotações no Brasil. Na máxima do dia, registrada perto do fechamento, às 16h59, o dólar foi negociado a R$ 4,7590.

No exterior, a moeda se mantinha em alta em relação à maioria das divisas de emergentes e exportadores de commodities.

Às 17h22 (Horário de Brasília), o Dólar Índice estava em alta de 0,69%, cotado aos 101.800 pontos.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para a rolagem do vencimento de setembro.

Fonte: Reuters
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