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Com a presença do governador em exercício, Lucas Ribeiro, na noite desta quinta-feira, 7, foi realizado o Fórum Nordeste: Agrobusiness 5.0, reunindo líderes visionários e especialistas do setor agroindustrial para discutir o futuro da agricultura sob a ótica da inovação e sustentabilidade. Este encontro de mentes brilhantes destacou-se pela profundidade das discussões e pela presença de figuras ilustres como Pierre Landolt, cuja abordagem inovadora e comprometida com práticas sustentáveis tem redefinido o cultivo biodinâmico no Sertão da Paraíba. O evento serviu como uma plataforma para explorar como a integração entre tecnologia avançada e práticas agrícolas regenerativas pode transformar o setor, beneficiar comunidades inteiras e preservar o meio ambiente para as futuras gerações.
A visão transformadora de Pierre Landolt
Pierre Landolt abriu sua palestra enfatizando a importância de integrar práticas sustentáveis com a inovação tecnológica no agronegócio. “A verdadeira sustentabilidade não é apenas uma meta, mas uma jornada contínua que requer compromisso e adaptação constantes,” afirmou Landolt, destacando a necessidade de uma abordagem holística que considere os impactos ambientais, sociais e econômicos das práticas agrícolas.
Landolt destacou a importância de práticas agrícolas regenerativas, que conservam e restauram os ecossistemas naturais. “Precisamos ver a terra como um organismo vivo, onde cada ação tem uma reação. O nosso papel é garantir que essas reações sejam positivas e enriquecedoras para o solo e para as comunidades que dele dependem,” enfatizou. Essa visão inspira, porém, também desafia os agricultores a adotarem métodos que promovam a biodiversidade e a saúde do solo, elementos importantes para a longevidade e a produtividade agrícola.
A certificação de produtos orgânica
Alexandre Humberto Harkaly, sócio-diretor estratégico de integração na QIMA IBD Certificações, trouxe à tona a crescente importância das certificações orgânicas como um diferencial competitivo no mercado global. “A certificação não é apenas um selo de qualidade; é uma garantia de que estamos cuidando do nosso planeta e da saúde das futuras gerações,” afirmou Harkaly. Ele destacou como o Brasil, apesar de ser um gigante agrícola, ainda está em fase de adaptação às exigências internacionais, mas com potencial enorme para liderar o mercado de produtos orgânicos.
Harkaly explicou que a certificação orgânica vai além de atender a uma demanda de mercado; ela representa um compromisso com práticas agrícolas sustentáveis que minimizam o uso de pesticidas e fertilizantes sintéticos, promovendo assim um ecossistema mais equilibrado. “Estamos pavimentando o caminho para um futuro onde a agricultura orgânica não é apenas uma alternativa, mas uma norma,” declarou, enfatizando a necessidade de políticas públicas que incentivem essa transição.
Inteligência Artificial no agronegócio
Gláucio Nóbrega, especialista em inteligência artificial e CEO da I4H – Innovation and Intelligence for Health, apresentou uma visão futurista sobre como a inteligência artificial está revolucionando todo tipo de negócio e/ou área, inclusive o agronegócio. “Estamos à beira de uma revolução silenciosa, onde a inteligência artificial não é apenas uma ferramenta, mas um parceiro essencial na agricultura moderna,” destacou Nóbrega. Ele explicou como a IA está sendo utilizada para otimizar processos agrícolas, desde a previsão de manutenção de máquinas até a análise de dados climáticos, transformando o campo em um espaço de inovação contínua.
Nóbrega destacou que a aplicação de IA no agronegócio permite uma gestão mais precisa dos recursos, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência. “Com algoritmos avançados, podemos prever padrões climáticos e ajustar o uso de água e nutrientes de acordo, garantindo assim uma produção mais sustentável,” afirmou. Ele também mencionou o potencial da IA em melhorar a rastreabilidade dos produtos, assegurando que os consumidores tenham acesso a informações detalhadas sobre a origem e o processamento dos alimentos que consomem.
Impactos econômicos e sociais
Além das inovações tecnológicas, o Fórum também abordou os impactos econômicos e sociais do agronegócio na região onde está localizada a Fazenda Tamanduá, gerida por Pierre Landolt. Com a implementação de tecnologias e práticas sustentáveis, espera-se que haja um aumento na produtividade e na qualidade dos produtos agrícolas, o que pode levar a um crescimento nas exportações e, consequentemente, a um fortalecimento da economia local. Os três palestrantes são unânimes em afirmar que o agronegócio é uma força motriz da economia brasileira, e ao adotarmos essas inovações, podemos melhorar nosso desempenho econômico, além de garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.
Desafios e oportunidades
O evento não deixou de lado os desafios enfrentados pelo setor. A falta de infraestrutura tecnológica em áreas rurais foi discutida, com soluções propostas que envolvem parcerias público-privadas e investimentos em conectividade. “A agricultura 5.0 só será possível se conseguirmos integrar tecnologia e campo de forma harmoniosa,” ressaltou Harkaly.
Os desafios incluem a necessidade de capacitação dos agricultores para que possam utilizar as novas tecnologias de forma eficaz. “É essencial que invistamos em educação e treinamento para garantir que os trabalhadores rurais estejam preparados para operar em um ambiente cada vez mais tecnológico,” destacou Nóbrega. Além disso, a questão do financiamento para pequenos e médios produtores foi levantada, com sugestões de criação de linhas de crédito específicas para apoiar a transição para práticas mais sustentáveis.
O Fórum Nordeste: Agrobusiness 5.0 foi mais do que um simples encontro de especialistas; foi um catalisador de ideias que poderá ajudar a moldar o futuro do agronegócio. Com a inclusão das práticas sustentáveis e o uso inteligente da tecnologia, o setor enfrentará melhor os desafios do século XXI, garantindo competitividade e sustentabilidade ambiental e social.
Landolt encerrou sua participação com uma mensagem inspiradora: “O futuro da agricultura está em nossas mãos. É nossa responsabilidade cultivá-lo com sabedoria, respeito e inovação.” Essa visão, compartilhada por todos os presentes, reforça o compromisso do setor em liderar com responsabilidade e visão de longo prazo. O evento deixou claro que, embora os desafios sejam muitos, as oportunidades de inovação e crescimento sustentável são ainda maiores, prometendo um futuro brilhante para o agronegócio brasileiro.