DLL prevê expansão dos investimentos em armazenagem e irrigação para 2018

A ampliação dos investimentos em armazenagem e irrigação é uma das perspectivas de mercado para 2018 sinalizadas pelo DLL, banco parceiro de diversas empresas do setor agrícola. A instabilidade climática, o crescimento constante da safra de grãos e, consequentemente, a necessidade de espaço para armazenagem, apontam para o crescimento do financiamento de estruturas próprias.

“Queremos construir uma solução financeira adequada para ajudar este mercado que é tão carente de opções e consolidar o conceito de banco de fábrica para armazenagem, segmento que implica alto investimento pelo produtor rural”, disse o superintendente comercial para Agricultura do DLL, José Campos. Em 2017, o banco ampliou sua atuação no segmento por meio de parceria com a Kepler Weber.

Na região Sul, por exemplo, o déficit de armazenagem de grãos na safra 2016/17 é de 20.3 milhões de toneladas, enquanto no Centro-oeste é de 48 milhões de toneladas. “Neste ritmo, em dez anos chegaremos a um déficit de 100 milhões de toneladas”, afirmou o consultor em Agronegócio Carlos Cogo, que presta consultoria para o DLL.

Em sua avaliação, a principal barreira para ampliar os investimentos em armazenagem e irrigação é cultural, pois os agricultores brasileiros ainda não têm consciência sobre a importância e rentabilidade do investimento. Para a armazenagem, por exemplo, o produtor paga uma taxa que varia de 9,2% a 14% sobre o volume entregue para armazenar o grão.

Outro dado destacado por Cogo é que, enquanto os produtores brasileiros têm apenas 15% dos armazéns instalados nas propriedades, países como Estados Unidos e Argentina concentram 56% e 21%, respectivamente. “Há um potencial de mercado que se não for executado agora daqui uns anos não haverá mais o que fazer”, disse.

Em palestra apresentada aos colaboradores do banco DLL na tarde desta terça-feira (12/12), o consultor também falou sobre insumos e irrigação. Segundo Cogo, o Brasil é um dos países que menos usa irrigação, e que ao mesmo tempo tem grande potencial para expansão do setor. Ele destacou que é possível chegar a 60 milhões de hectares e que, hoje, o país irriga apenas 10% desta área, ou seja, 6.1 milhões de hectares.

Entretanto, para avançar, ainda há três gargalos: licenciamento ambiental, disponibilidade de energia elétrica e acesso à credito, sendo este último uma das propostas de atuação do DLL por meio de soluções financeiras especializadas.

 

Fonte: Agrolink

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