Disputa por soja entre exportador e indústria continuará no segundo semestre

A soja brasileira deverá prosseguir atraente para exportação no segundo semestre, prolongando uma competição entre exportadores e esmagadores pela matéria-prima para a segunda metade do ano, quando normalmente a indústria conta com boas margens do farelo de soja. A avaliação é da ED&F Man Capital Markets.

Essa atratividade para a exportação deverá desafiar neste ano o balanço de oferta e demanda de soja no Brasil, maior exportador global da oleaginosa, em um momento em que o câmbio, em máximas históricas, deixa os produtos brasileiros bastante competitivos.

Em abril, o País exportou um volume mensal recorde de soja, acima de 16 milhões de toneladas, segundo dados do governo, contando também com a forte demanda da China.

Ao mesmo tempo, as margens de esmagamento de soja no Brasil desde meados de março estão acima da média histórica para o período, com boa demanda da indústria doméstica de carnes e para a exportação de farelo, disse a analista sênior da consultoria de gerenciamento de risco ED&F Man, Thais Carvalho Italiani.

“Historicamente, no segundo semestre, a compra de soja pelo mercado doméstico prevalece, devido à competição com os EUA no mercado internacional”.

No entanto, afirmou Italiani, “dado o nível do dólar este ano, a soja brasileira tende a permanecer atraente para exportação, contrariando a sazonalidade e competindo com o esmagamento pelo saldo remanescente do apertado balanço 2019/20 de oferta e demanda”.

O tema será debatido hoje, às 16h, em webinar promovido pela Refinitiv em parceria com a ED&F Man. Os interessados podem se inscrever no link: http://solutions.refinitiv.com/WebinarComplexoSojaBrasil

 

Reuters

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