Diretoria da CNA toma posse em Brasília

Em seu discurso de posse como presidente da CNA, João Martins enfatizou o lema da entidade: “Sem liberdade econômica, não há agricultura”. Foto: Adriano Brito, Tony Oliveira e Wenderson Araujo

 

Por unanimidade, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Júnior, foi eleito presidente da entidade para o período 2018/2021. A cerimônia de posse foi realizada na terça-feira (12/12) em Brasília. A CNA também elegeu seis novos vice-presidentes, além de seis integrantes do Conselho Fiscal (três titulares e três suplentes).

No comando da CNA desde 2015, João Martins tem uma trajetória profissional de mais de 50 anos ligada à atividade pecuária e às entidades classistas.

Em seu discurso de posse, ao fazer referências ao ritmo acelerado das mudanças no mundo atual, Martins lembrou que a “vida sindical”, seja do lado dos empregados ou dos empreendedores, está em transformação em todo o mundo, recebendo a influência das tecnologias da informação.

“Depois que a nova legislação trabalhista rompeu os laços compulsórios e o financiamento automático das organizações”, continuou o presidente da CNA, “sindicatos, federações e confederações precisam de novos modos de recrutamento e fidelização dos seus membros”.

Segundo Martins, “as organizações precisam estar cada vez mais voltadas para o cliente, num ambiente aberto e competitivo”. Dessa forma, o presidente citou, como objetivo principal da CNA, “repensar toda a organização, com o foco num modelo sindical que seja o ambiente comunitário da maioria dos produtores”.

“Nosso desafio, como sistema, agora, é criar valor para o mundo dos produtores rurais que escolherem, por si mesmos, integrar a nossa comunidade”.

 

AGENDA

Sobre o setor agrícola, Martins disse que o estado brasileiro , incluindo o executivo, o legislativo e o judiciário, deve adotar a agenda da produção rural e suas cadeias sem privilégios nem preconceitos.

“O agro é espaço fundamentalmente da iniciativa privada e precisa do ambiente capitalista de respeito à propriedade, ao lucro e à liberdade de empreender. Nosso lema é: ‘Sem liberdade econômica não há agricultura’”, ressaltou, acrescentando que “a agricultura precisa de insumos modernos de tecnologia, de mercados livres, e não das palavras tóxicas da retórica ideológica”.

 

PROTEÇÃO

O presidente Michel Temer, ministros de Estado, parlamentares, lideranças do setor agropecuário, presidentes de federações de agricultura e pecuária e sindicatos rurais, entre outras autoridades, estiveram presentes à solenidade de posse da diretoria da CNA.

Em seu pronunciamento, Temer destacou a importância do setor agropecuário para o país e afirmou que, “para fazer o que o Brasil precisa, é necessário passar pelo agro” e que o segmento protege a economia. “Os dados econômicos hoje estão ancorados na agropecuária”, disse.

Ele também criticou a divisão que se faz hoje entre agricultura familiar e empresarial e elogiou o trabalho desenvolvido por João Martins à frente da CNA.

 

Equipe SNA/Rio, com informações da CNA

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