Diretor da Faemg critica sinal verde para importação de café peruano

Somos o maior produtor mundial de café, com mais de um terço de todo grão produzido no mundo. Se nossa produção supre o mercado em quantidade, qualidade e variedades, é no mínimo um contrassenso liberar a entrada de um produto que vai canibalizar a geração de milhares de emprego e de renda em nosso país”, critica Breno Mesquita, diretor da Faemg e Comissão de Cafeicultura da CNA. Foto: Evandro Fiuza/Divulgação Faemg
“Somos o maior produtor mundial de café, com mais de um terço de todo grão produzido no mundo. Se nossa produção supre o mercado em quantidade, qualidade e variedades, é no mínimo um contrassenso liberar a entrada de um produto (o café peruano) que vai canibalizar a geração de milhares de emprego e de renda em nosso país”, critica Breno Mesquita, diretor da Faemg e Comissão de Cafeicultura da CNA. Foto: Evandro Fiuza/Divulgação Faemg

Diretor da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais e presidente das Comissões de Cafeicultura da entidade e da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), Breno Mesquita anunciou que a Faemg, na condição de representante do produtor rural, está mobilizada para tentar reverter a liberação da importação de café peruano, assinada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a qual classificou como absurda.

“Não há nada que justifique essa medida, que irá prejudicar seriamente um setor produtivo que sempre teve enorme importância para a economia brasileira. Somos o maior produtor mundial de café, com mais de um terço de todo grão produzido no mundo. Se nossa produção supre o mercado em quantidade, qualidade e variedades, é no mínimo um contrassenso liberar a entrada de um produto que vai canibalizar a geração de milhares de emprego e de renda em nosso país”, criticou.

Para 2015, a produção nacional de café prevista é de mais de 40 milhões de sacas, garantindo um faturamento de cerca de R$ 20 bilhões de reais. O setor emprega aproximadamente 8 milhões de brasileiros.

“O Brasil tem investido muito em quantidade e em qualidade, e tem ainda a sustentabilidade como um dos principais fatores de diferenciação de sua produção. Por trás do grão, há um forte trabalho de pesquisa, inovação e boas práticas. A livre entrada do grão peruano, a preços inferiores certamente desestimularia os cafeicultores brasileiros que tanto investem em melhoria da qualidade de seu café e na produção sustentável e ética”, explicou o diretor da Faemg.

Segundo Breno Mesquita, a medida vem tornar ainda mais grave um momento especialmente delicado para o produtor, que se encontra descapitalizado e em meio a uma sucessão de problemas gerados por dois anos de seca.

Fonte: Faemg

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