Diretor da Abag critica suspensão do glifosato

O diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Lourenço, criticou fortemente a suspensão do glifosato durante o workshop para jornalistas que ocorreu em paralelo ao Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela própria Abag. Lourenço disse não acreditar que a suspensão irá chegar até o plantio, e acrescentou que existe muita desinformação na sociedade, o que acaba por atrapalhar o desenvolvimento do agronegócio.

“As pessoas desconhecem, por exemplo, que o Brasil tem cobertura vegetal de 66% do seu território, e que o campeão de uso de inseticidas, chamados agrotóxicos, é o Japão e não o Brasil. A vida do Japão, a longevidade do país é bem superior à nossa e eles são campeões de uso de agrotóxicos”, ressaltou o diretor da Abag.

Ele criticou também a demora que ocorre na análise, antes da aprovação e regulamentação no uso dos agroquímicos. Nesse sentido, Lourenço defende a aprovação da chamada PL dos Defensivos, que estabelece um prazo menor para as análises e revisões desses produtos.

“O que está sendo proposto é que haja um prazo para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) avaliar e responder, porque esses produtos estão aprovados no mundo inteiro, em todos os países avançados em agricultura, e estão funcionando. Por que não vão funcionar aqui?”, indagou.

Segundo Lourenço, o problema não são os defensivos em si, mas sim o atraso na aprovação. “O que acontece é um atraso na análise de novos produtos. Nós estamos usando hoje, no Brasil, produtos mais tóxicos do que outros que estão em análise, ou seja, se a gente aprovar aquele que está lá, é melhor que esse aqui em termos de toxidez. Esse é o problema, a demora da Anvisa”, disse.

 

Fonte: Agrolink

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