Desempenho externo das carnes na terceira semana de junho

Pode ser que no restante do mês a situação ainda mude de figura. Mas transcorridos 11 dos 21 dias úteis de junho, as exportações de carnes apresentam o mais fraco resultado em mais de nove anos.

Ou seja: considerada a receita média diária, o resultado ora obtido remete o setor de volta aos primeiros meses de 2009, ano em que, devido à primeira grande crise da economia mundial, iniciada em 2008, as exportações do produto também registraram sensíveis recuos.

A verdade é que, na terceira semana do mês (10 a 16, cinco dias úteis), a receita cambial das carnes, pela média diária alcançada, resumiu-se a US$ 34.225 milhões, valor menor que o das duas semanas anteriores.

Como resultado, a média do mês está em US$ 41.114 milhões – resultado 19,5% e 22% inferior aos registrados há um mês (US$ 51.082 milhões em maio passado) e há um ano (US$ 61.327 milhões em junho de 2017).

É difícil, por ora, dizer que tipo de carne está em situação menos ruim, pois as três carnes tiveram os embarques afetados. Começando com a carne suína, os embarques até aqui realizados, da ordem de 16.300 toneladas, sinalizam total mensal pouco superior a 31.000 toneladas – 24% e 42% menos que há um mês e há um ano.

Por seu turno, a carne bovina, com cerca de 28.000 toneladas embarcadas, projeta embarque total não muito superior a 53.000 toneladas – 41% e 46% menos que há um mês e há um ano.

Já a carne de frango, com 127.000 toneladas em 11 dias úteis, indica volume total em torno de 242.500 toneladas – resultado que significa recuos de, aproximadamente, 24% e 30% sobre maio passado e junho de 2018.

Nada de positivo? Ah, sim! O preço médio da carne suína que, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex/ MDIC) está em quase US$ 6.230,00 a tonelada e apresenta incremento de mais de 200% sobre maio passado. Porém, é melhor não comemorar. Pode tratar-se, apenas, de erro de manipulação de dados.

 

Fonte: AviSite

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