Os números divulgados na segunda-feira (27) pela SECEX/MDIC contradizem muito do que se propalou a respeito das exportações de carnes. É verdade que na quarta semana de março (19 a 25, cinco dias úteis, período pós-operação da PF) a receita cambial, de US$ 50.543 milhões pela média diária, recuou mais de 14% em relação à semana anterior (US$ 58.956 milhões/dia pelos números atualizados do órgão oficial). Mesmo assim, ficaram quase 2% acima da média diária registrada nos cinco dias úteis da segunda semana de março, período pré-operação da PF.
O efeito disso no acumulado de março é que a média diária de US$ 58.967 milhões alcançada nos 18 primeiros dias úteis do mês se encontra 3,7% abaixo do que foi alcançado em fevereiro passado, mas permanece 7,1% acima do que foi registrado há um ano, em março de 2016.
Saindo da receita cambial para o volume embarcado, o que se constata até aqui é que – mantida nestes últimos cinco dias úteis de março a mesma média dos 18 dias úteis anteriores – a exportação de carne suína ficará em 58.600 toneladas, a de carne bovina em 98.400 toneladas e a de carne de frango em 352.000 toneladas.
Estes resultados significam:
(1) Para a carne suína, aumentos, em relação ao mês anterior e ao mesmo mês do ano passado, de 32,8% e 3,3%, respectivamente;
(2) Para a carne bovina, aumento de 24% sobre o mês anterior, mas redução de 11% sobre março de 2016;
(3) Para a carne de frango, aumento de 17% sobre fevereiro último e redução de 4,5% sobre março do ano passado.
Esses são os números sinalizados pela SECEX/MDIC. Resta saber, agora, se o que foi contabilizado pelo órgão na semana que passou foi realmente embarcado. Aguardam-se os números da corrente semana, os últimos do mês de março.
Fonte: AviSite