Na semana passada, 22ª semana de 2023 – 28 de maio a 03 de junho, passagem de maio para junho, o mercado de ovos seguiu mostrando ambiente favorável aos negócios com ovos diante da disponibilidade ajustada de mercadoria na base de produção que continuou contribuindo para que os preços se mantivessem estabilizados.
Assim, o preço médio semanal seguiu inalterado em relação à semana anterior, enquanto mostrou expressivo crescimento de 31,3% em relação à mesma semana do ano passado. O preço médio acumulado neste início de junho, por ora, atinge R$193,00, significando aumentos de apenas 0,6% em relação a maio último e de 31,2% em comparação a junho do ano passado.
A semana atual (23ª semana de 2023, 04 a 10 de junho) tende a mostrar maior dinamismo no comércio varejista pela plena recomposição na capacidade aquisitiva da população paulistana. E isso pode favorecer demanda mais volumosa por parte dos comerciantes junto aos avicultores. De toda forma, o feriado prolongado, mais ao final da semana, tende a alterar a normalidade dos fechamentos.
Frango teve retrocesso
Na semana de passagem de maio para junho, a 22ª de 2023, o frango abatido, com o preço em significativo retrocesso, voltou ao mesmo valor nominal observado pela última vez nos primeiros dias de fevereiro de 2022.
Isso mesmo. Sem apresentar a reação típica de todo novo início de mês, o frango entra no último mês do primeiro semestre de 2023 com cotação idêntica a alcançada pela última vez quase 500 dias atrás.
Não esteve sozinho, claro. Foi acompanhado pelo boi e pelo suíno, fazendo rememorar movimento natural que, ausente há vários anos, sempre marcou o fim do período da chamada “safra de carne”, dando início – na virada do primeiro para o segundo semestre – a um período de recuperação de preços.
É bem provável que isto não ocorra em 2023. Porque os padrões de compras e as condições econômicas do consumidor são bem diferentes. Mas também, porque o principal fator de custo da produção animal – matérias-primas alimentares – também registra significativa retração.
Considerados os valores praticados nos dois primeiros dias de negócios de junho, o valor alcançado pelo frango abatido se encontra cerca de 9% abaixo do registrado em maio passado e quase 22,5% aquém do observado em junho de 2022, ocasião em que caminhava para um recorde histórico de preço, alcançado três meses depois, em setembro.
Naturalmente, o frango vivo não permaneceu imune a esse movimento. Negociado no interior paulista por, no máximo, R$5,10/kg durante boa parte de maio, nos últimos dias do mês passou a sofrer sucessivos retrocessos, entrando em junho por, também no máximo, R$4,50/kg.
Tal valor, ressalte-se, também não era registrado desde os primeiros dias de fevereiro. Mas, bem pior que o ocorrido com o frango abatido, desde fevereiro de 2021.