Excetuada alguma inesperada surpresa nestes últimos três dias de janeiro, o frango vivo comercializado no interior paulista deve terminar o mês cotado a R$ 2,50/kg.
Esse é o valor que, implantado no início da segunda quinzena, vigorou durante toda a quarta semana de janeiro (21 a 27, seis dias de negócios) e, que, aliás, prevaleceu na maior parte do ano passado (transações por R$ 2,50/kg foram efetuadas em 168 dos 303 dias de negócios de 2017).
A cotação ora registrada é consequência de quatro reduções de cinco centavos cada, o que significa que ela está quase 7,5% abaixo do valor registrado na abertura do ano. Apesar desses retrocessos, continua a não refletir a realidade do mercado “spot” de aves vivas, pois vendas a valores bem inferiores foram realizadas na semana que passou.
Explicando: a baixa procura (típica do momento) tornou a saída das aves mais lenta e redundou em sua permanência por mais tempo nas granjas, o que implica em aumento de peso e, portanto, em maior oferta de carne justamente no período em que o consumo já é restrito.
O pior, neste caso, é que os efeitos recaíram sobre o produtor, pois o frango mais pesado, fora dos padrões habituais, só foi adquirido por valores bem abaixo da cotação referencial. O que, de toda forma, ajudou a minimizar o problema.
Mas o fato a destacar na semana, por ser provavelmente um acontecimento inédito, é a atual coincidência de preço não só com o valor vigente há um ano, mas também há dois anos. Ou seja: a cotação de abertura desta segunda-feira, 29 de janeiro de 2018, R$ 2,50/kg, é a mesma praticada em 29 de janeiro de 2015 e em 29 de janeiro de 2016.
Mantido o atual referencial até o final de janeiro, o mês irá terminar com média próxima de R$ 2,58/kg, resultado 3% e 7% inferior aos registrados em, respectivamente, janeiro de 2017 e janeiro de 2016. Esse também é, infelizmente, o menor valor alcançado pelo frango vivo no mês de janeiro nos últimos seis anos.
Fonte: AviSite