Desempenho do frango vivo em agosto e no ano de 2017

Nos últimos dez anos foram raras as vezes em que o frango vivo registrou, em relação ao mesmo mês do ano anterior, queda de preço tão expressiva quanto a deste último agosto – redução de, praticamente, 21%.

É preciso lembrar, no entanto, que há um ano o frango vivo atingia sua maior cotação de 2016 – maior, mas não a melhor, ressalte-se, porquanto o custo das matérias-primas corroía os ganhos do setor. Mais: foi a maior não porque o mercado absorvesse naturalmente os necessários repasses, mas porque, afetado pelos custos, o setor foi forçado a reduzir a produção, desbalanceando a relação oferta/procura.

Hoje a situação é bem diferente, pois é o mercado que não suporta qualquer repasse de custo. Daí uma estabilidade de preço que já dura cinco meses e que só não torna crítica a situação do setor porque a supersafra de matérias-primas reduziu os custos de produção.

Mesmo assim essa situação não é ideal. De um lado, por manter o setor em elevada ociosidade. Do outro, e principalmente, por não permitir a reposição das perdas acumuladas em 2016 e que levaram muitas empresas a reduzir e/ou paralisar suas atividades.

As esparsas informações disponíveis sugerem que, neste instante, o setor poderia estar criando e abatendo mensalmente cerca de 560 milhões de cabeças de frango, volume que chegou a ser atingido no final de 2015, isto é, quase dois anos atrás. Mas os últimos números do setor indicam que a produção atual está abaixo dos 500 milhões de cabeças. Ou seja: o índice de utilização do plantel reprodutor não chega a 90% do potencial instalado.

Naturalmente, essa situação vem sendo determinada não apenas pelas restrições enfrentadas internamente pelo consumidor brasileiro, mas também pelo desempenho das exportações da carne de frango, cujo volume, até julho, decresceu perto de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Tudo isso faz com que, no ano, o frango vivo registre um valor médio (R$ 2,56/kg) cerca de 8,5% menor que o dos mesmos oito meses de 2016. O que, ressalte-se, se aplica também ao frango abatido, cujo preço, no grande atacado da cidade de São Paulo, apresenta no ano decréscimo próximo de 9% em relação à média registrada entre janeiro e agosto do ano passado.

 

 

Fonte: AviSite

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