Entre janeiro e agosto deste ano o frango vivo comercializado no interior paulista foi negociado, em média, por R$2,79/kg, valor que supera em cerca de 15%, 20% e pouco mais de 18% as médias registradas em idêntico período de 2015, 2014 e 2013.
Como a inflação (IPCA) acumulada nos últimos 12 meses deve ficar em torno dos 9%, o ganho nesse período é de quase seis pontos percentuais. Mas no acumulado de dois anos apenas se empata com a inflação, enquanto no triênio a perda é visivelmente elevada (mais de oito pontos percentuais a menos).
Tudo isso, porém, seria facilmente assimilável e superável não fossem os saltos da principal matéria-prima do frango, o milho. Que nos três anos anteriores registrou uma estabilidade de preços sem dúvida injustificável. Mas que, neste ano, acumula incrementos de preço que – também sem dúvida – repõem com folga as perdas decorrentes da estabilidade anterior.
De toda forma, pior para o suíno que, igualmente dependente do milho, registra evolução de preços extremamente inferior não só à do grão, mas também dos índices inflacionários. E menos mal para o boi que, mesmo registrando fraco incremento de preços neste ano, continua com ganhos significativos em relação a dois ou três anos atrás.
Voltando ao frango e avaliando sua paridade com o boi em pé, observa-se que ela vem se mantendo ligeiramente acima da que foi registrada nos oito primeiros meses de 2015. Mas permanece aquém do alcançado em idênticos períodos de 2013 e 2014.
Já no tocante ao suíno vivo, o frango vem tendo no corrente exercício o maior índice de paridade dos últimos quatro anos. Confirmação de que mesmo o frango não indo bem, o suíno vem tendo desempenho bem mais sofrível.
Fonte: AviSite