Desempenho das carnes na terceira semana de dezembro

Em comparação aos demais produtos exportados pelo país, em dezembro corrente as carnes vêm apresentando bom desempenho, pois se colocam, até aqui, como o terceiro principal item da pauta – atrás apenas dos materiais de transporte (veículos) e minérios, e à frente do petróleo e derivados, soja, etc. Mas do ponto de vista dos resultados semanais, o desempenho se torna sofrível, porquanto a receita – consideradas as médias diárias – decresce de semana para semana. E isso, em período de festas, faz supor desempenho ainda mais fraco nas duas últimas semanas do mês e do ano.

O fato é que, em comparação ao mês anterior, a receita dos 12 primeiros dias úteis de dezembro (de um total de 22 dias úteis) alcança valor 7,7% menor, enquanto que, em relação ao mesmo mês do ano passado, o recuo é de 9,5%. Neste último caso, porém, nunca é demais lembrar que o dólar vale hoje menos que há um ano e, portanto, a desvalorização anual pode ser apenas de ordem cambial. E, efetivamente, a carne suína projeta, no momento, o mesmo volume mensal registrado em dezembro de 2015 – cerca de 38 mil toneladas. E isso, combinado com um aumento de mais de 20% no preço médio, resulta em um aumento de receita na mesma proporção.

Porém, aplicados idênticos princípios à carne bovina e de frango, o desempenho é negativo. A carne bovina sinaliza embarques da ordem de 87 mil toneladas – 16% menos que há um ano. E como seu preço médio aumentou não mais que 1%, a receita cambial tende a um recuo em torno de 15%. A carne de frango, por sua vez, projeta por ora embarque de 315 mil toneladas – 13% menos que as 362 mil toneladas de dezembro de 2015. A tendência é contrabalançar essa perda com uma melhora de 4,5% no preço médio. Mesmo assim, a receita cambial também deve ficar negativa, apresentando redução anual entre 9% e 10%.

 

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Fonte: AviSite

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