Ainda que tenham registrado alguma melhora na segunda semana de abril (9 a 15, quatro dias úteis), as exportações de carnes continuam evoluindo de forma mais lenta que a observada antes que ocorresse a atrapalhada divulgação da operação da Polícia Federal um mês atrás.
Assim, a receita da semana, de US$ 58.008 milhões pela média diária, aumentou pouco mais de 2% em relação à semana inicial do mês. Mas a média registrada nos primeiros nove dias úteis de abril (de um total de 18 dias úteis) continua negativa, apresentando redução de 0,3% sobre o mês anterior e de 2,2% sobre abril de 2016.
À primeira vista esses índices de redução são irrisórios. Não custa lembrar, entretanto, que se referem à média diária, e que abril corrente tem dois dias úteis a menos que abril de 2016 e cinco dias úteis a menos que março de 2017. Ou seja: mantida a média atual, as perdas irão se elevar de maneira significativa. E o que se desenha até aqui em termos de volume é um resultado negativo para as três carnes, tanto em relação ao mês anterior quanto a abril de 2016.
Para a carne suína, as 48.500 toneladas ora previstas significarão redução mensal de 11,58% e anual de 8,35%. Para a carne bovina, a confirmação da projeção de 74.900 toneladas representará redução de 23,75% no mês e de 13,45% no ano. Já para a carne de frango, se alcançadas as 271.700 toneladas estimadas com base no que se exportou nos nove primeiros dias úteis de abril, o resultado será uma redução de 20,86% sobre o mês anterior e de 28,24% sobre abril de 2016.
Até aqui, o preço médio das três carnes continua apresentando significativa expansão em comparação ao que foi registrado em abril do ano passado: o da carne suína aumentou 43,64%; o da carne de frango, 18,62%; e o da carne bovina, 5,71%. Mas já é visível uma desaceleração em relação aos aumentos registrados até recentemente.
Fonte: AviSite