Produtores do setor avícola do Rio de Janeiro esperam por apoio governamental para que sejam construídos, o mais breve possível, silos de armazenamentos de grãos, principalmente de milho e soja, no município de Barra Mansa, interior do Estado. Para tanto, o deputado federal Hugo Leal (PROS-RJ), na companhia do presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga, se reuniu com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, no último dia 24 de novembro, em Brasília (DF).
Ele também pediu auxílio aos produtores de orgânicos da Região Serrana do Estado, além da reforma e reestruturação dos hortomercados (Cobal) dos bairros do Leblon e Humaitá, na capital do Rio. Leal e Alvarenga receberam um sinal positivo por parte da ministra.
“A produção avícola do Estado do Rio, atualmente, gira em torno de 100 milhões de aves de cortes e 600 mil aves de postura, além de outras atividades advindas do setor, como abatedouros, derivados e embutidos. Existem ainda os excrementos orgânicos produzidos pelas aves, usados pelos agricultores para adubar suas lavouras”, informa o parlamentar.
Segundo ele, são mais de 500 mil famílias no Cinturão Verde da Região Serrana que utilizam este material para adubagem. “Para que esta atividade avícola permaneça viva em nosso Estado, precisamos de 350 mil toneladas de milho e outras 150 mil de soja. Fora a avicultura, a suinocultura, bovinocultura, caprinocultura, ovinocultura e as fábricas de rações também são algumas das atividades que dependem da produção destes dois grãos”, cita o deputado.
De acordo com Leal, é necessário corrigir as distorções, utilizar as logísticas ferroviária e portuária, incentivar a produção e gerar novos empregos. “Portanto, é uma grande alegria estarmos colhendo frutos desta parceria da Avevale (Associação Avevale do Estado do Rio de Janeiro), Conab (Companhia Nacional de Agricultura), Ministério da Agricultura, entre outras, que tantos benefícios trarão para o nosso Estado.”
Segundo o parlamentar, a ministra se mostrou favorável à construção dos silos modulados, com a possibilidade de incremento da capacidade estática, dependendo da necessidade. “Ela entrou em contato, ainda durante a reunião, com o presidente da Conab e pediu para agilizar este planejamento”, conta.
ORGÂNICOS
No encontro com Kátia Abreu, Leal também solicitou apoio aos produtores de orgânicos da Região Serrana do Rio. “Trata-se de um setor que não recebe a atenção devida há algum tempo. No ano passado, inclusive, eu destinei, por meio de emenda parlamentar, uma verba no valor de R$ 800 mil para fomentar a Economia Solidária e o Circuito Carioca de Feiras Orgânicas.”
Desta verba, continua o deputado, cerca de R$ 470 mil já foram liberados, “mas não é suficiente ainda ”. “A ministra compreende a necessidade de otimizar este segmento. Por isto, lembrou que vem investindo, desde maio deste ano, em um programa de ampliação da classe média rural, que beneficiará 2.938 propriedades no Rio de Janeiro”, ressalta.
Ele acredita que este programa, por meio da assistência técnica e da capacitação profissional, dará condições aos produtores das classes C e D para incrementarem sua renda e ascenderem à classe média. “A intenção é que pequenos produtores com renda baixa, empobrecidos, possam chegar à classe média de renda. Em todo o País, o Ministério pretende atender 110 mil produtores em sete Estados para, ao final de quatro anos, dobrar a classe média rural, atingindo 400 mil agricultores.”
Leal ainda comenta que, ao longo dos próximos três anos, o Mapa se comprometeu em repassar R$ 114 mil para cada prefeitura do Rio, em quatro parcelas, para cadastramento e monitoramento das famílias participantes, somando R$ 1,256 milhão.
“Serão beneficiados, na primeira fase, os municípios de Rio das Flores, Varre-Sai, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, Trajano de Moraes, São José de Ubá, Teresópolis, Barra do Piraí, Piraí e Pinheiral”, informa o parlamentar.
HORTOMERCADOS
Por fim, Leal ainda pediu à Kátia Abreu para ajudar na reforma e reestruturação dos hortomercados (Cobal), dos bairros do Leblon e Humaitá, na capital.
“A ministra afirmou que já vinha trabalhando na articulação de projetos para a revitalização dos hortomercados, por entender que, no Estado do Rio, a produção de orgânicos é muito forte e deve ser desenvolvida por ser um excelente nicho e mercado.”
Segundo o deputado, a partir deste encontro surgiu a ideia de adaptar a Cobal do Humaitá e do Leblon para que sejam pontos de referência. “Segundo a ministra, o espaço do Humaitá passará por renovação para acomodar a atividade de venda de produtos orgânicos, mantendo sua vocação atual, que é a de área de entretenimento e lazer. Em relação ao do Leblon, ela afirmou que será providenciada uma área para venda de orgânicos, com a reforma do prédio e reestruturação.”
Por equipe SNA/RJ