Demanda retraída prejudica mercado de frango

O mês de maio foi bastante complicado para a avicultura de corte, segundo a avaliação do analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias. “As exportações em abril e maio ficaram aquém do esperado e elevaram a disponibilidade interna, o que pressionou as cotações”, disse.

Outro fator que prejudicou o setor foi a queda nos preços da carne bovina, o que aumentou a competitividade em relação à carne de frango. Além disso, a crise política trouxe preocupações ao setor por trazer de volta a volatilidade cambial, ainda que o real desvalorizado traga um maior espaço para as commodities agrícolas no cenário internacional. “Há de ser considerada também a questão da JBS, que vive uma situação complexa nesse momento, o que deixa as projeções para o futuro bastante imprevisíveis”, disse.

Para os produtos congelados houve algumas mudanças nos preços em maio na comparação com abril. O quilo do peito na distribuição seguiu a R$ 4,70; o quilo da coxa passou de R$ 3,55 para R$ 3,60 e o quilo da asa recuou de R$ 6,35 para R$ 6,15. No atacado, o quilo do peito baixou de R$ 4,60 para R$ 4,50, o quilo da coxa subiu de R$ 3,45 para R$ 3,50 e o quilo da asa caiu de R$ 6,15 para R$ 6,00.

Nos cortes resfriados, Iglesias afirma que os preços também apresentaram mudanças. O preço do quilo peito na distribuição recuou de R$ 4,70 para R$ 4,65, o quilo da coxa subiu de R$ 3,65 para R$ 3,75 e o quilo da asa caiu de R$ 6,55 para R$ 6,50. No atacado, o preço do quilo do peito baixou de R$ 4,60 para R$ 4,55, o quilo da coxa avançou de R$ 3,55 para R$ 3,60 e o quilo da asa seguiu em R$ 6,30.

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, as exportações de carne de frango “in natura” do Brasil renderam US$ 527.6 milhões em maio (22 dias úteis), com média diária de US$ 24 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 319.100 toneladas, com média diária de 14.500 toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.653,60.

Na comparação com abril, houve uma queda de 11,3% no valor médio diário exportado, perda de 11% na quantidade média e desvalorização de 0,3% no preço médio. Em relação a maio de 2016, houve baixa de 4,9% no valor médio diário da exportação, perda de 13,8% na quantidade média diária exportada e valorização de 10,4% no preço médio.

O levantamento realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que em Minas Gerais a cotação do quilo vivo caiu de R$ 2,40 no final de abril, para R$ 2,25 no encerramento de maio. Em São Paulo o quilo vivo permaneceu em R$ 2,50.

Na integração catarinense, a cotação do frango baixou de R$ 2,30 para R$ 2,20. No oeste do Paraná, o preço caiu de R$ 2,25 para R$ 2,15. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo teve queda de R$ 2,35 para R$ 2,30. No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango retrocedeu de R$ 2,30 para R$ 2,20. Em Goiás, o quilo vivo cedeu de R$ 2,35 para R$ 2,20. No Distrito Federal, o quilo vivo baixou de R$ 2,40 para R$ 2,20.

Em Pernambuco, o quilo vivo avançou de R$ 3,80 para R$ 3,90. No Ceará, a cotação do quilo vivo subiu de R$ 3,80 para R$ 3,90 e, no Pará, o quilo vivo aumentou de R$ 3,90 para R$ 4,00.

 

Fonte: Agência Safras

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