Demanda por farelo vai crescer ainda mais

Depois da maior venda reportada de soja para uma única semana (2.99 milhões de toneladas) e de prever uma demanda total de 15 milhões de toneladas em 2018, o analista Bill George do USDA concedeu entrevista ao correspondente na América do Sul do site Agriculture.com, Luís Henrique Vieira, durante um evento em Buenos Aires. Na entrevista, ele prevê que a demanda, especialmente por farelo de soja, continuará crescendo de forma sustentada nos próximos anos.

De acordo com George, o fundamento para a previsão é a mudança nas dietas nos países asiáticos. “Com o aumento da renda e maior urbanização, há mais consumo de carne de porco, aves, e há mais aquicultura em países asiáticos. Precisa de farelo de soja para alimentar esses animais. Não é apenas a China que vai comprar mais. Também Bangladesh, Vietnam e Paquistão,” disse o analista.

Ele afirmou ainda que há outro player no mercado que está comprando mais soja em grão, mas por outras razões. “Quando haviam sanções (ocidentais) ao Irã, eles compravam farelo de soja da Índia. Agora que as sanções caíram, eles compram a soja em grão do Brasil ou da Argentina e processam lá mesmo,” relatou George.

Para ele, a Argentina é o país que possui maior competitividade no setor de soja em função da flexibilidade em suprir o mercado de acordo com as necessidades. “Aqui na Argentina, se o mercado quiser soja em grão, óleo de soja, farelo ou biodiesel, a oferta é feita e o processamento ocorre no local de origem. Os Estados Unidos enviam muito farelo ao México, mas não pode fazer isso para todo mundo,” disse o analista.

 

Fonte: Agrolink

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