O Ministério da Agricultura decretou estado de emergência fitossanitária em Minas Gerais. A medida, publicada no Diário Oficial da União desta quinta (13/3), é relativa ao risco iminente de surto pela infestação da praga Hypothenemus hampei; a broca do café.
Segundo o diretor da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) e diretor das comissões de Cafeicultura da entidade e da CNA, Breno Mesquita, o decreto derruba obstáculos burocráticos na adoção de medidas emergenciais e na busca por alternativas de médio e longo prazo para o problema: “A praga ganhou força após a proibição do Endolsufan, única substância eficiente para o controle. O estado de emergência retira uma série de entraves na busca por outros produtos que o substituam”.
Breno Mesquita diz ainda que a broca do café certamente afetará volume e qualidade da produção: “O tamanho real deste impacto, assim como dos danos pela seca, só saberemos no momento do beneficiamento dos grãos, que acontece a partir de julho. Só então teremos a extensão da quebra, que já é uma realidade confirmada”.
O diretor da FAEMG lembra que, neste primeiro momento, apenas Minas Gerais foi beneficiado pelo decreto, mas outros estados também estão sofrendo mesmo problema e deveriam ter estado de emergência fitossanitária decretada. “É fundamental que a questão esteja sendo tratada com seriedade e grande rapidez. É um produto de grande peso na economia mineira, com fortes reflexos na balança do estado. Das lavouras mineiras saem metade da produção brasileira e cerca de um quinto de todo o café mundial”, conclui.
Fonte: Faemg